São Paulo, domingo, 05 de junho de 2011

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Travado

Contra rival de 1ª linha, seleção falha de novo, apoia-se só em Neymar e acaba vaiada em volta ao país

BRASIL 0

HOLANDA 0

MARTÍN FERNANDEZ
ENVIADO ESPECIAL A GOIÂNIA


Foi grande a frustração. A seleção brasileira não passou de um empate sem gols com a Holanda no primeiro amistoso disputado no Brasil desde 2008. O time de Mano Menezes saiu intensamente vaiado do Serra Dourada.
Sob o comando do atual treinador, a seleção continua incapaz de ganhar de adversários de primeira linha no futebol mundial.
Nas seis partidas anteriores, Mano bateu EUA, Irã, Ucrânia e Escócia, mas perdeu para França e Argentina.
"Eu prefiro a dura realidade", comentou o técnico. "Poderíamos estar aqui comemorando uma vitória fácil, mas não estaríamos nos preparando direito."
O próximo compromisso do Brasil será na terça, em São Paulo, contra a Romênia. No dia 3 de julho, estreia contra a Venezuela na Copa América da Argentina.
O Brasil perdeu ontem a chance de devolver a derrota para o mesmo adversário na Copa do Mundo de 2010.
As apostas de Mano falharam. Elano teve uma atuação irregular como armador. Robinho também não foi um sócio ideal para Neymar.
Fred, que ganhou chance logo na primeira convocação por Mano, foi mal do começo ao fim. Chegou a furar na pequena área após uma jogada de Neymar pela esquerda.
Exatamente como no Mundial de 2010, o Brasil teve um volante expulso no segundo tempo, pelo mesmo motivo: falta violenta em Robben.
Há um ano foi Felipe Mello, ontem foi Ramires.
Além da expulsão do camisa 8, o Brasil recebeu cinco cartões amarelos. Até o capitão Lúcio foi advertido -no seu caso, por reclamação.
"A expulsão foi correta, mas ele exagerou nos cartões, por que quer ser o centro do evento?", reclamou Mano, sobre o árbitro Carlos Amarilla, do Paraguai.
Se o Brasil mostrou defeitos que fizeram lembrar 2010, a Holanda nem de longe foi a mesma. Depois de quase uma semana no Rio e sem Sneijder (algoz de Dunga na África do Sul), foi um time bem mais relaxado.
Permitiu à seleção brasileira tocar, deu espaços a Neymar e Robinho e só não pagou por isso porque goleiro Klur teve grande atuação. "Tivemos sorte em alguns lances", admitiu o técnico Bert Van Marwijk.
Júlio César, do outro lado, também teve fez duas boas defesas em chutes de Affelay.
O Brasil melhorou depois do intervalo, mas viveu basicamente das manobras de Neymar. O garoto do Santos não recebeu ajuda à altura e no final acabou advertido por tentar simular faltas.
Apesar do resultado, Mano Menezes ficou satisfeito. "Precisamos repetir jogos como esse porque é o caminho do amadurecimento", disse.
Contra rival de 1ª linha, seleção falha de novo, apoia-se só em Neymar e acaba vaiada em volta ao país

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