São Paulo, sexta, 5 de junho de 1998

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Reunião tenta evitar paralisação

de Paris

A direção da SNCF, estatal do setor ferroviário, se encontra hoje com os sindicalistas da FGAAC em uma última tentativa de evitar uma greve que pode parar boa parte dos trens franceses na Copa.
Os condutores de trem exigem a abertura de negociações salariais, o que a SNCF tem evitado.
Se a empresa mudar de idéia, a greve não acontece. A principal reivindicação dos condutores é um aumento do salário mensal entre US$ 51 e US$ 85.
A SNCF tem sido inflexível em relação ao aumento, pois o gasto com os 1.900 empregados que realizam essa função seria inviável para a empresa, que, como todas as estatais francesas, tem sido obrigada a se enxugar seu quadro de funcionários para buscar competitividade. Atualmente, o salário médio de um condutor é de cerca de US$ 2.200 mensais.
Em princípio, a greve, se ocorrer, deve durar apenas 24 horas. Depois, serão realizadas assembléias para decidir sobre sua continuidade. A FGAAC tem o direito de ficar parada, sem riscos de represálias, até o dia 15, podendo pedir a prorrogação do prazo.
A lei de greves da França impede a SNCF de contratar funcionários temporários.
Mas os problemas do sistema de trens franceses não param por aí.
Ontem, os controladores de tráfego começaram uma paralisação que prejudicou o movimento das linhas mantidas pela SNCF. Não há previsão, porém, de que a greve passar das 8h de amanhã. (RA)


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