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São Paulo, sábado, 05 de julho de 2003

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Final masculina vê novidade e tradição

Dave Caulkin/Associated Press
O australiano Mark Philippoussis, que diz viver um conto de fadas e amanhã enfrenta Roger Federer na decisão de Wimbledon


DA REPORTAGEM LOCAL

O suíço Roger Federer derrotou ontem o americano Andy Roddick por 3 sets a 0 (7/6, 6/3 e 6/3) na semifinal de Wimbledon e se tornou o primeiro homem de seu país a se classificar para decidir um torneio do Grand Slam.
Seu adversário amanhã será o australiano Mark Philippoussis, que ontem venceu o francês Sébastien Grosjean pelo mesmo placar: 3 a 0 (7/6, 6/3 e 6/3).
Com Philippoussis, pelo quarto ano consecutivo, a Austrália emplaca um representante na decisão do torneio -Patrick Rafter foi vice-campeão em 2000 e 2001 e Lleyton Hewitt triunfou em 2002.
Quinto do ranking, Federer, 21, não deu chances a Roddick, que era o favorito dos especialistas e liderava a bolsa de apostas.
"É duro de entender o que está acontecendo. Joguei uma partida incrível hoje [ontem]", disse o suíço, que em 2001 encerrou uma série de 31 vitórias consecutivas de Pete Sampras em Wimbledon.
Federer chega à decisão perdendo apenas um set em seis jogos.
"Partidas de cinco sets são boas para o público, mas os verdadeiros amantes do tênis adoram ver algumas vezes jogos rápidos e bons como o de hoje [ontem]."
O suíço apresenta vantagem de 2 a 1 no confronto com seu adversário na final de amanhã.
Philippoussis, 26 anos e 48º do ranking, disputa sua segunda final em Grand Slam. Em 1998, perdeu para seu compatriota Patrick Rafter no Aberto dos EUA.
O australiano afirma viver um "conto de fadas". Em 2001, após passar pela terceira cirurgia no joelho esquerdo em apenas 14 meses, ele ouviu dos médicos que nunca mais conseguiria jogar tênis em alto nível.
O australiano, que em dois jogos anteriores havia precisado de cinco sets para passar por seus adversários, festejou o fato de ter encerrado a partida de ontem em somente três parciais. "Vou poder me recuperar e curtir o dia de maneira mais relaxada", afirmou.
Desde 1982, quando John McEnroe e Jimmy Connors passaram, respectivamente, por Tim Mayotte e Mark Edmondson, as semifinais de Wimbledon não terminavam em dois 3 a 0.


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