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Barthez joga para superar o inglês Banks
DOS ENVIADOS A MUNIQUE
Ele não tem porte e nem
número de camisa de goleiro.
Mas, se a partida vale por
Mundial, o francês Fabien
Barthez, 35, manda bem.
Com um inusitado 16 nas
costas e 1,82 m (a quarta menor estatura de um goleiro
nesta Copa), o ex-namorado
da supermodelo canadense
Linda Evangelista foi menos
batido em Mundiais do que
praticamente todos os grandes goleiros da história.
Já são 15 jogos, e Barthez
foi buscar a bola no fundo
das redes só sete vezes. A média de 0,46 por partida é melhor do que a de monstros sagrados da meta, como o italiano Zoff (0,94), o alemão
Sepp Maier (1,05), o russo
Yashin (1,38) e o argentino
Fillol (0,92). Se novamente
não for vazado hoje, contra
Portugal, o francês também
vai ter uma média melhor
que a do inglês Banks (0,44).
Na Alemanha, Barthez repetiu algumas saídas estabanadas, marca da sua carreira.
Mas também foi bem em outros fundamentos. Com 68%
de precisão, ele tem, segundo
o Datafolha, a décima melhor reposição de bola do
Mundial entre os quase 40
goleiros que atuaram.
O reencontro com o bom
futebol acontece justamente
na Copa. Isso depois de um
período muito ruim. Em
2005, foi suspenso por cinco
meses por cuspir num juiz
em jogo do Olympique de
Marselha, seu clube.
Fora da seleção, viu a ascensão de Coupet, do Lyon.
Mas, na hora da Copa, a titularidade voltou para Barthez.
"Sua experiência foi essencial para a minha decisão",
diz o técnico Raymond Domenech. Realmente, o escolhido mostrou personalidade. "Esqueçam Zidane", disse Barthez antes do jogo decisivo contra o Togo, quando
o astro estava suspenso.
Com Barthez no gol, a
França só levou dois gols em
cinco jogos na Alemanha. E
os jogadores comemoram esse desempenho como uma
lembrança. "Em 1998, era
muito difícil alguém fazer gol
na França. É o mesmo aqui.
É muito difícil nos desestabilizar", afirma o zagueiro
Thuram.
(PC E RBU)
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