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Silêncio de Zidane durante o adeus aborrece patrocinadores da seleção
DOS ENVIADOS A MUNIQUE
Ele resolveu fechar a boca na
competição que marca a sua
despedida do futebol. Só que
também resolveu brilhar, e os
cinco patrocinadores da seleção francesa estão descontentes com a primeira resolução.
Sem entrevistas de Zinedine
Zidane, o camisa 10 francês, as
empresas que pagam à federação francesa, incluindo gigantes como o Carrefour e a Adidas, perdem a oportunidade de
estamparem nos painéis publicitários suas marcas por trás da
imagem do maior carrasco da
seleção brasileira em Copas.
E elas resolveram pressionar
os cartolas para que o meia passe a falar, mas a chance de terem sucesso nessa missão é
quase impossível. O silêncio de
Zidane é radical -o astro acha
que quem deve falar são os mais
jovens, e não ele, que está nos
últimos dias de carreira.
No sábado, não falou nem na
cerimônia de entrega do prêmio de melhor da partida no jogo contra o Brasil. Só recebeu a
caneca que simboliza o feito,
mas sem direito a nenhuma
pergunta dos repórteres que lotavam a sala na espera de comentário do jogador sobre a
sua soberba atuação.
Na seleção francesa, o esquema de cobertura da imprensa é
diferente do vivido pelo Brasil,
onde os jogadores falam mais.
Em geral, só um -caso de Gallas, ontem- ou dois jogadores
dão entrevistas. O técnico Domenech só se expõe na véspera
e após os jogos -Parreira falou
um dia sim outro não.
(PC E RBU)
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