São Paulo, quinta-feira, 05 de julho de 2007

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CARLOS SARLI

Circuito Latino de Surfe


Finalmente, a Alas chega ao Brasil, mantendo a idéia de revelar novos talentos e desenvolver o surfe na região


PELA PRIMEIRA vez na história, o circuito da Alas (Associação Latino-Americana de Surfe) passará por terras brasileiras. A razão para a ausência das etapas por aqui era clara. "O circuito da Alas é a única oportunidade para os países com ondas, porém com menos infra-estrutura, desenvolverem seus expoentes no esporte", avalia o organizador Rosaldo Cavalcanti.
Isso acontece com Costa Rica, México ou El Salvador, por exemplo. Para esses países, mesmo com suas ondas perfeitas, é complicado competir com um país que tem o maior circuito regional do mundo, o SuperSurf, e um mercado de surfe mais bem estruturado. Agora essas barreiras serão reduzidas. O Rio Latin Pro Surf 2007, na Prainha, começa hoje e vai até domingo, e, no futuro, pode se tornar uma das provas da tríplice coroa brasileira, com etapas no RJ, em SP e em SC.
O circuito da Alas serve como importante mecanismo de desenvolvimento do surfe na América Latina, alavancado depois da bem-sucedida etapa chilena no WCT 2007, em Arica. A única restrição da associação é com os surfistas top 50 do Brasil, basicamente os do WCT, WQS e SuperSurf, devido à disparidade técnica entre os atletas. A idéia é pôr novos brasileiros no cenário competitivo -nomes como Ernesto Nunes e Alejo Muniz são destaques.
A Alas promove 15 etapas do México à Argentina, e, como até agora o Brasil tinha pouca divulgação desse circuito, muitos desconhecem atletas como Martin Passeri, da Argentina, ou Angelo Lozano, do México -tops do circuito que chegaram ao Rio alguns dias antes da quinta parada do tour para treinar.
Outro conhecido do surfe mundial que está entre os competidores da Alas é o chileno Diego Medina, dono do prêmio de maior onda surfada na remada oferecido pelo Billabong XXL em 2006. A etapa tupiniquim ocorre com o apoio do governo do Rio e da Lei Pelé. "O Brasil precisa ocupar seu espaço nas Américas", diz Rosaldo. Sobre a diferença de ondas brasileiras e sul-americanas, a expectativa é que a diversidade só enriqueça os atletas. No Chile, no México, no Panamá ou aqui, o surfe latino está confiante no seu desenvolvimento (técnico e comercial).

MUNDIAL DE SURFE - WCT
O mar de El Gringo (Chile) rendeu o primeiro título do ano para Andy Irons. A final foi com Damien Hobgood. Mick Fanning é o líder do ranking, seguido por Hobgood (2º) e Irons (3º). Bruno Santos, como convidado, ficou em 5º, melhor resultado brasileiro no ano.

MUNDIAL DE KITESURFE
Bruna Kajiya bateu Gisela Pulido em final na República Dominicana e agora lidera o torneio. No masculino, venceu Ariel Corniel (DOM).

MUNDIAL DE RAFTING
A equipe brasileira Alaya Bozo-D'água faturou o inédito título na prova disputada na Coréia do Sul.

sarli@trip.com.br


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