DOS ENVIADOS À CIDADE DO CABO

A seleção de futebol do Uruguai é o retrato de um país que convive há muito tempo com o exílio (voluntário ou não) de uma grande parte de sua população.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores, há 700 mil uruguaios vivendo fora do país, ou 20% da população total (3,5 milhões).
Argentina, EUA, Brasil e Espanha são os destinos mais comuns, nessa ordem.
Só dois dos 23 jogadores convocados para esta Copa do Mundo moram no país. Há três no Chile, um na Colômbia, um na Argentina, um no Brasil (Loco Abreu), e os demais estão na Europa.
Mesmo o técnico Oscar Tabárez, embora viva em Montevidéu, fez a maior parte de sua carreira no exterior.
Em outras áreas também é assim. O cantor Jorge Drexler, 45, vencedor do Oscar de melhor canção em 2006, nasceu no Uruguai, mas vive na Espanha, em Madri. O escritor Eduardo Galeano, 69, lançou boa parte de sua obra quando viveu no exílio, entre Espanha e Argentina, de 1973 a 1985. (MF E PC)


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