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MEMÓRIA
Ambientalismo só teve atenção do COI nos anos 90
DOS ENVIADOS A ATENAS
Foi a partir dos anos 90 que o
Comitê Olímpico Internacional decidiu incluir a atenção ao
meio ambiente ao leque de temas que envolvem os Jogos.
A estratégia não é gratuita: ao
tornar Olimpismo sinônimo
de preocupação ambiental,
agrega valor ao produto. O COI
formalizou o ambientalismo
como a "terceira dimensão" do
Movimento Olímpico, ao lado
de esporte e cultura, em 1994.
Duas outras mudanças apareceram em 1996: o COI criou
uma instância interna para cuidar do assunto -Comissão de
Esportes e Meio Ambiente- e
levou o tema à Carta Olímpica.
Em 1999, o comitê adotou a
Agenda 21, um dos conjuntos
de diretrizes mais importantes
já traçados sobre o assunto.
Em Sydney-00, a construção
de uma Vila Olímpica movida
a energia solar virou ferramenta de marketing para o COI,
que acabava de encarar escândalo de corrupção envolvendo
alguns de seus membros.
Daí a importância do revés
que Atenas leva ao Movimento
Olímpico. Se o Comitê Organizador é visto por ambientalistas como um órgão de boa vontade, mas pouco ativo, o mesmo não é dito sobre o COI e o
governo grego, que são criticados pelo Greenpeace.
(GR E RD)
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