Se for derrotado, clube deve demitir Ricardo Gomes, negociar atletas, trazer lateral direito e aproveitar base

DE SÃO PAULO

A diretoria são-paulina se movimenta para fazer uma reformulação no seu elenco e no seu banco em caso de eliminação na Libertadores.
Mesmo com vitória hoje à noite, há a certeza na cúpula do clube de que são necessárias mudanças no time.
O diagnóstico de um dos membros do departamento de futebol são-paulino é que é preciso uma "correção de rota" durante a temporada.
De cara, a desclassificação leva a uma praticamente certa demissão do técnico Ricardo Gomes. Dirigentes do futebol falam em avaliar o seu trabalho após o jogo de hoje.
Mas a pressão dentro do clube pela cabeça do treinador é forte até dentro da diretoria. Resultado: o presidente Juvenal Juvêncio, que está bastante insatisfeito com o rendimento da equipe, não deve segurar o técnico.
Também estão em curso mudanças no elenco. A primeira delas é a saída do volante Hernanes, negociado com a Lazio. A transação deve ser anunciada oficialmente após a partida desta noite.
No meio-campo, a diretoria entende que há jogadores para substituí-lo, com a permanência de Cléber Santana e a promoção de Casemiro, além dos volantes Jean, Rodrigo Souto e Richarlyson.
A não ser que apareça uma oportunidade, não há expectativa para a contratação de um meia. Não existem bons nomes disponíveis e há o entendimento da diretoria de que o time aprendeu a jogar sem um atleta dessa posição.
Mas há um problema na lateral direita. A aposta para essa posição é a contratação de Ilsinho por seis meses.
O jogador está em disputa judicial na Fifa com o Shaktar Donetsky, da Ucrânia, seu antigo clube. O próprio jogador confidenciou a interlocutor que, se esse problema for resolvido, seu acerto com o São Paulo estará próximo.
A defesa satisfaz a diretoria. A única chance de mudança é uma proposta alta para tirar Miranda do clube.
O ataque tem duas duplas. Mas há a intenção de negociar Dagoberto se houver algum time interessado nele.
A diretoria também gostaria de se livrar de Marcelinho Paraíba. Mas, para isso, o São Paulo terá de convencê-lo a aceitar proposta do Sport. Ele já recusou outras ofertas.
A reformulação inclui mais uma tentativa de reforçar a presença de jogadores da base no elenco principal, que faz parte da política do clube. Foram integrados ao time profissional o volante Zé Vitor, o meia Marcelinho e o atacante Lucas Gaúcho.
O São Paulo do restante do Campeonato Brasileiro, vitorioso ou não na Libertadores, deve ser um tanto diferente desse que existe hoje. (CAROLINA ARAÚJO E RODRIGO MATTOS)


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