São Paulo, segunda-feira, 05 de outubro de 2009

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COI manda Rio "relaxar" até novembro

Carlos Arthur Nuzman, chefe da organização dos Jogos, diz que no mês que vem comitê internacional listará prioridades

Presidente do COB afirma que organizadores têm de ter calma para não gastar com antecedência e que quase nada será feito em outubro

FÁBIO GRELLET
DA SUCURSAL DO RIO

Membros do COI (Comitê Olímpico Internacional) vão visitar o Rio em novembro para definir as tarefas prioritárias a serem realizadas pelo comitê organizador da Rio-2016.
A informação é de Carlos Arthur Nuzman, que acumula as presidências dessa entidade e do Comitê Olímpico Brasileiro.
"Já tivemos uma reunião [com os membros do COI], mas por enquanto a recomendação deles foi "relaxem". Em outubro, não faremos quase nada. Mas, em novembro, vamos definir, junto do COI, um cronograma de prioridades para os Jogos", disse Nuzman. O dirigente chegou ao Brasil ontem, dois dias após acompanhar, na Dinamarca, a vitória do Rio.
"Para essa reunião [de novembro], nada precisa estar pronto. O COI vai justamente nos dizer o que devemos fazer primeiro", disse Nuzman.
"A gente não pode ser afoito, temos que ter experiência e calma para não gastar dinheiro em certas ações do comitê organizador com muita antecedência", declarou Nuzman, que desembarcou no aeroporto do Galeão, às 6h30, empunhando uma bandeira do Brasil.
Nuzman afirmou ter se surpreendido com a eliminação precoce de Chicago (a primeira das quatro finalistas eliminada) e repetiu ter feito projeção da vitória do Rio sobre Madri.
"Nas contas que fiz em 28 de setembro, ganhávamos por 67 a 33 votos. O resultado real foi quase isso [66 a 32]. Nunca houve uma diferença tão grande [entre duas finalistas], então essa campanha é histórica também por isso", declarou.
"O Rio nunca se intitulou favorito, mas os ataques de Madri e Chicago [à candidatura do Rio] indicavam que era [favorito], porque ninguém ataca adversários com os quais não se preocupa", disse Nuzman.
O dirigente disse que iria descansar ontem. Hoje, o dirigente irá voltar à Dinamarca, onde os integrantes do Comitê Olímpico Internacional -do qual é membro- continuam reunidos em um congresso.
Nuzman se negou a fazer projeções sobre o número de medalhas que o Brasil pode conquistar em 2016.
Para o presidente do COB, a experiência adquirida pelos cariocas ao tentar sediar as Olimpíadas de 2004 e 2012 fez diferença nesta empreitada.
"Sobre 2004, nem vou comentar, porque foi uma candidatura política. Sobre 2012, concorremos para mostrar que tínhamos projeto. Foi uma derrota necessária. E promover o Pan, em 2007, foi essencial."
A corredora Barbara Leôncio, 17, que representou os atletas brasileiros durante a apresentação da candidatura do Rio, na última sexta, e emocionou o presidente Lula, também voltou ontem ao Rio.
"Vou treinar muito para tentar estar na Olimpíada de 2016", afirmou a atleta.


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