|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
COI manda Rio "relaxar" até novembro
Carlos Arthur Nuzman, chefe da organização dos Jogos, diz que no mês que vem comitê internacional listará prioridades
Presidente do COB afirma
que organizadores têm de ter
calma para não gastar com
antecedência e que quase
nada será feito em outubro
FÁBIO GRELLET
DA SUCURSAL DO RIO
Membros do COI (Comitê
Olímpico Internacional) vão
visitar o Rio em novembro para
definir as tarefas prioritárias a
serem realizadas pelo comitê
organizador da Rio-2016.
A informação é de Carlos Arthur Nuzman, que acumula as
presidências dessa entidade e
do Comitê Olímpico Brasileiro.
"Já tivemos uma reunião
[com os membros do COI], mas
por enquanto a recomendação
deles foi "relaxem". Em outubro, não faremos quase nada.
Mas, em novembro, vamos definir, junto do COI, um cronograma de prioridades para os
Jogos", disse Nuzman. O dirigente chegou ao Brasil ontem,
dois dias após acompanhar, na
Dinamarca, a vitória do Rio.
"Para essa reunião [de novembro], nada precisa estar
pronto. O COI vai justamente
nos dizer o que devemos fazer
primeiro", disse Nuzman.
"A gente não pode ser afoito,
temos que ter experiência e calma para não gastar dinheiro em
certas ações do comitê organizador com muita antecedência", declarou Nuzman, que desembarcou no aeroporto do
Galeão, às 6h30, empunhando
uma bandeira do Brasil.
Nuzman afirmou ter se surpreendido com a eliminação
precoce de Chicago (a primeira
das quatro finalistas eliminada) e repetiu ter feito projeção
da vitória do Rio sobre Madri.
"Nas contas que fiz em 28 de
setembro, ganhávamos por 67 a
33 votos. O resultado real foi
quase isso [66 a 32]. Nunca
houve uma diferença tão grande [entre duas finalistas], então
essa campanha é histórica também por isso", declarou.
"O Rio nunca se intitulou favorito, mas os ataques de Madri
e Chicago [à candidatura do
Rio] indicavam que era [favorito], porque ninguém ataca adversários com os quais não se
preocupa", disse Nuzman.
O dirigente disse que iria descansar ontem. Hoje, o dirigente
irá voltar à Dinamarca, onde os
integrantes do Comitê Olímpico Internacional -do qual é
membro- continuam reunidos em um congresso.
Nuzman se negou a fazer
projeções sobre o número de
medalhas que o Brasil pode
conquistar em 2016.
Para o presidente do COB, a
experiência adquirida pelos cariocas ao tentar sediar as Olimpíadas de 2004 e 2012 fez diferença nesta empreitada.
"Sobre 2004, nem vou comentar, porque foi uma candidatura política. Sobre 2012,
concorremos para mostrar que
tínhamos projeto. Foi uma derrota necessária. E promover o
Pan, em 2007, foi essencial."
A corredora Barbara Leôncio, 17, que representou os atletas brasileiros durante a apresentação da candidatura do
Rio, na última sexta, e emocionou o presidente Lula, também
voltou ontem ao Rio.
"Vou treinar muito para tentar estar na Olimpíada de
2016", afirmou a atleta.
Texto Anterior: Lula se irrita com questões sobre a fiscalização dos gastos olímpicos Próximo Texto: Palmeiras bate Santos na maior vitória com Muricy Índice
|