São Paulo, segunda-feira, 05 de outubro de 2009

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Palmeiras bate Santos na maior vitória com Muricy

Técnico vence Luxemburgo e time da capital mantém a vantagem de 5 pontos

Ricardo Nogueira/Folha Imagem
O atacante Vagner Love comemora seu gol, o terceiro do Palmeiras
na vitória no clássico contra o Santos, ontem, na Vila Belmiro


Santos 1
Palmeiras 3


MARTÍN FERNANDEZ
RENAN CACIOLI
ENVIADOS ESPECIAIS A SANTOS

O Palmeiras voltou a disparar na ponta do Campeonato Brasileiro e, enfim, com uma vitória mais folgada do que as habituais na era Muricy.
No 13º jogo sob o comando do técnico tricampeão nacional, o time venceu por diferença maior do que um gol.
Até então, os seis triunfos de Muricy no clube alviverde haviam sido por 2 a 1 ou 1 a 0.
Com os 3 a 1 na Vila Belmiro sobre o Santos, o Palmeiras pulou para 53 pontos, cinco a mais do que o vice-líder, o São Paulo.
"Claro que não foi um jogo bonito, mas a gente não está aqui pra dar espetáculo. Não conseguimos fazer três gols nem dentro da nossa casa", afirmou o goleiro Marcos.
O placar mais elástico do que o normal, no entanto, só foi definido aos 32min do segundo tempo, depois de os donos da casa terem aberto o marcador.
Após um primeiro tempo insosso, sem trabalho algum para os goleiros e com um show de chutões e passes errados, o clássico vingou na etapa final.
Saíram de cena as tentativas de ligação direta da defesa para o ataque, e entraram as trocas de passes no meio-campo.
Foi assim que o Santos fez a bola chegar até Neymar, aos 6min. O atacante cruzou para Luizinho, que bateu de primeira, no canto de Marcos.
Com mais volume de jogo que os visitantes, o time local seguiu melhor na partida e quase ampliou a vantagem aos 13min, com Neymar. O camisa 7 chutou no canto esquerdo de Marcos, que voou para espalmar no lado esquerdo.
Justamente no momento em que estava prestes a definir o duelo nos contragolpes, o Santos se descuidou na defesa.
"Clássico se resolve nos detalhes. Não pode errar, dar espaço, bobeira em momento algum. A gente comentou que eles estavam querendo jogar nos nossos erros e acabou acontecendo", lamentou o volante Rodrigo Souto.
A falha principal do time alvinegro aconteceu no seu lado esquerdo. O lateral-esquerdo Triguinho não impediu as investidas do chileno Figueroa, que participou dos dois primeiros tentos palmeirenses.
Aos 19min, o lateral-direito cruzou na cabeça de Diego Souza, que subiu mais do que os beques santistas e conseguiu cabecear no canto de Felipe.
O segundo erro fatal dos pupilos de Vanderlei Luxemburgo veio aos 25min, quando Neymar recebeu passe na esquerda, livre de marcação. O arremate, porém, foi para fora.
Três minutos mais tarde, Figueroa voltou a subir ao ataque e ergueu na área. Vagner Love desviou de cabeça para trás, para Diego Souza. O meia bateu rasteiro, cruzado, e encontrou Robert na pequena área. De carrinho, o jogador, que substituíra Obina, fez o gol da virada.
A partir daí, o Santos se desestruturou. Já sob vaias de sua torcida, os atletas foram envolvidos pelo oponente.
Aos 32min, Robert foi lançado nas costas de Triguinho e dividiu com o santista. A bola passou por baixo do goleiro Felipe e sobrou para Vagner Love apenas estufar as redes: 3 a 1.
Já no final do confronto, o árbitro Salvio Spinola assinalou erroneamente pênalti de Maurício, que derrubara Neymar fora da área. Alertado por seu auxiliar, o juiz voltou atrás e completou o inferno astral dos santistas, que, com 36 pontos, ocupam a 13ª colocação.


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