São Paulo, domingo, 05 de novembro de 2006

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Seleção de vôlei bate pior rival e festeja perfeição

Time corrige todas as falhas, derrota os EUA e espera folga e Fofão na 2ª fase

Mesmo se perdesse hoje para o lanterna Camarões, o Brasil poderia terminar na ponta do grupo, resultado que levará à próxima etapa

DA REPORTAGEM LOCAL

A seleção feminina, enfim, encontrou a perfeição. Em sua partida mais complicada no Mundial do Japão até agora, as brasileiras corrigiram todas as falhas de apresentações anteriores e se encaixaram em uma posição mais que privilegiada para a próxima etapa, que começa na quarta-feira.
"Fizemos um bom jogo. O terceiro set foi perfeito", elogiou o técnico Zé Roberto, destacando os 25/13 que o time marcou sobre os EUA. Nas outras parciais, o placar foi mais apertado: 25/23 e 25/21.
Mesmo se perdessem nesta madrugada para a frágil seleção de Camarões, que não havia vencido um set sequer, as brasileiras ainda poderiam manter a primeira posição do grupo.
Os resultados da primeira etapa são carregados para a fase seguinte, em que o Brasil terá Rússia e China pela frente.
Além dos preciosos pontos, Zé Roberto espera que a equipe carregue também as lições aprendidas no primeiros jogos e colocadas em prática ontem.
Na estréia, contra Porto Rico, as ansiosas jogadoras da seleção desperdiçaram 19 contra-ataques. Diante dos EUA, o total de erros foi apenas 10.
Contribuíram para essa virada o "despertar" da oposto Sheilla, que anotou 20 pontos, e a entrada de Sassá na vaga de Mari, que até agora não mostrou grandes atuações.
Juntas, elas também ajudaram a corrigir o até então o deficitário saque da seleção, que não havia funcionado no sufoco diante da Holanda.
"Sacamos muito bem, isso foi fundamental. Seguimos a orientação do Zé [Roberto] e conseguimos marcar direitinho os EUA", afirmou Sheilla, que anotou quatro aces.
A defesa, ponto alto da equipe, também ajudou nas armações dos contra-ataques.
"Foi a nossa melhor partida no Mundial. Conseguimos colocar em prática o que foi proposto quando nós estudamos o vídeo", afirmou a líbero Fabi.
A facilidade encontrada pelo Brasil surpreendeu o técnico Zé Roberto. "Achava que o jogo seria um 3 sets a 2", confessou.
Mesmo com o caminho facilitado, o treinador lançou novamente mão de Fofão, que se recupera de uma lesão na perna.
Além de entrar nas duas primeiras parciais, foi ela quem comandou o time durante todo o perfeito terceiro set. Fabiana, com dores no abdome, continuou no banco, poupada.
"Ela [Fofão] é muito importante para o time e sua entrada no jogo foi importante. Acho que estará "ok" para a segunda fase", disse o treinador.


BRASIL - Carol (1 ponto), Sheilla (20), Sassá (15), Jaqueline (7), Walewska (7), Carol Gattaz (8), Fabi, Fofão (1), Mari (1) e Paula Pequeno;
EUA - AhMow (2), Haneef (4), Crawford (1), Metcalf (17), Danielle Scott (8), Bown (11), Drury, Wilkins (4), Joines e Davis


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