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Nova regra não altera a classificação
F-1 Fracasso do formato atual faz
Ecclestone cogitar uso de "medalhas"
PAULO COBOS
EDITOR-ASSISTENTE DE ESPORTE
Na cabeça dos cartolas da
F-1, seria uma revolução.
Mas, perto do final da sua primeira temporada, o novo sistema de pontuação da categoria é só mais do mesmo.
Faltando só duas provas
para o fim da edição de 2010,
a posição dos cinco aspirantes ao título hoje, em que a vitória vale 25 pontos e até o décimo colocado pontua, seria
a mesma com a fórmula antiga, que dava dez pontos para
o primeiro colocado e premiava só quem chegava até o
oitavo lugar em cada corrida.
As principais alternativas
que podem decidir o título no
domingo, na pista de Interlagos, também se repetiriam
com a pontuação antiga.
A conta menos complicada para Fernando Alonso
conquistar o tricampeonato
em São Paulo é o espanhol
recebendo a bandeirada em
primeiro e seu principal concorrente, o australiano Mark
Webber, terminar, na melhor
das hipóteses, em quinto.
Assim, Alonso iria para
Abu Dhabi, palco do GP derradeiro da temporada, com
uma vantagem impossível de
ser superada, de 26 pontos.
Pelo sistema antigo, a solução mais simples para o piloto da Ferrari ser campeão
em Interlagos seria idêntica.
Vencendo, o espanhol teria
103 pontos, e o australiano
da Red Bull, ficando na quinta colocação, chegaria a 92.
O milagre para o atual
campeão da F-1, o inglês Jenson Button, da McLaren, levar o bicampeonato também
seria muito parecido nos dois
sistemas de pontuação.
Na improvável hipótese
que os outros quatro concorrentes ao título não pontuassem em Interlagos e Abu
Dhabi, Button precisaria de
um primeiro e de um segundo lugar nessas provas.
Adivinhe? Com o formato
antigo, o inglês também teria
que vencer uma e cruzar em
segundo na outra para levar
o bicampeonato mundial.
Bernie Ecclestone, o homem forte da categoria, reconhece o fracasso do novo sistema de pontuação da F-1.
"Se você olhar a classificação, não faz nenhuma diferença [a nova regra], o que é
estranho", afirmou o cartola
no final de setembro.
Além de bombardear a fórmula atual de pontuação, o
poderoso cartola aproveitou
para divulgar seu desejo de
definir o campeão pelo "sistema de medalhas".
Por esse raciocínio, seria o
campeão o piloto com o
maior número de vitórias.
Havendo empate, valeria o
maior número de segundo
lugares. Persistindo a igualdade, valeriam os "bronzes".
Pela classificação atual,
nada mudaria. Alonso, com
cinco vitórias, seguiria líder.
A ideia de Ecclestone é
bombardeada pelos principais pilotos da categoria.
"Entre as várias ideias que
surgiram sobre esse assunto
[pontuação], essa potencialmente é uma das piores. Eu
diria que não é uma grande
ideia", declarou o inglês Lewis Hamilton, da McLaren.
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