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BOXE
Protagonista ausente
EDUARDO OHATA
DA REPORTAGEM LOCAL
Lennox Lewis, 38, nada tem a
ver com a luta de amanhã entre os pesos-pesados ranqueados
Vitali Klitshko e Kirk Johnson.
Ainda assim, foi seu o nome o
mais presente esta semana durante a promoção do combate.
Apesar de ter só o cinturão do
CMB, Lewis é considerado o melhor pesado da atualidade, pois
seus outros dois títulos (AMB e
FIB) foram tomados no tapetão.
Em junho passado, o juiz interrompeu a luta entre Lewis e Vitali, 32, quando o doutor entendeu
que o último não tinha mais condições de luta por causa de ferimento no supercílio. Desde então,
Vitali, que protestou por causa da
interrupção, vem se autodenominando "Campeão do Povo".
As duas primeiras questões que
abriram teleconferência na última segunda-feira, da qual esta
coluna participou e cuja finalidade era promover o combate de
amanhã, foi justamente sobre Lewis x Vitali. Este último aproveitou a chance para promover possível revanche com o britânico.
"Todos querem ver quem é o
vencedor dessa luta [Lewis x
Klitshko] e saber quando vai haver [uma segunda] luta entre Lewis e Vitali Klitshko. Por conta
daquela luta, fui a muitos programas de TV nos EUA", afirmou.
Na sequência, ao responder à
terceira questão, ao mesmo tempo em que elogiou Johnson e
acrescentar que não o subestima
("Essa é uma luta na qual não se
sabe de antemão quem vencerá"),
acrescentou que o resultado da
luta de amanhã é importante para manter acesa a chance de enfrentar Lewis no próximo ano.
As finalizações da quarta e
quinta perguntas também tiveram a ver com Lewis. Elas foram
sobre as expectativas que Vitali
nutre com relação ao combate de
amanhã, sua análise dela e se
(adivinhem...) acredita que uma
vitória levaria a uma revanche.
A sexta questão foi se estava desapontado pelo fato de não ter enfrentado Lewis de novo, o que,
previsivelmente, não deixou o gigante ucraniano sem palavras.
"[Após a luta] fui a três oftalmologistas, e eles disseram que tinha condições de lutar. Então Lewis anunciou que não lutaria até
o próximo ano", lamentou Vitali.
Foi só na sétima pergunta que a
questão, endereçada ao treinador
de Vitali Freddie Roach, deixou
de ser sobre Lewis e passou a ser
diretamente sobre Johnson, 31,
mas essa foi uma pequena trégua.
Acho que não preciso mais seguir comentando as próximas
perguntas e respostas, não? A essa
altura, você tem idéia do quão
monotemática foi a entrevista.
Pessoalmente, não gosto de
apostar em alguém que ganhou
fama em uma derrota. Afinal,
uma derrota é uma derrota, não
importa como tenha acontecido.
Veja o caso do polonês Andrew
Golota. Ele pareceu ótimo nas
duas derrotas por desqualificação
para Riddick Bowe, que pareceu
ter sido salvo pelo gongo (ou, no
caso, golpe baixo). E ainda achei
que Golota foi mais dominante
do que Vitali contra Lewis.
Mas quando mais tarde pegou,
ironicamente, o próprio Lewis,
Michael Grant e "Iron" Mike
Tyson, não aguentou a pressão.
Vitali não é Golota, porém já
desperdiçou sua primeira chance.
Popó 1
Executivos da Golden Boy Promotions não parecem animados em
promover revanche entre Javier Jauregui, que há duas semanas tornou-se campeão dos leves da FIB, e Popó, que sobe de peso em janeiro. "Há a possibilidade de uma revanche. Mas neste momento estamos analisando outras opções. Mas não descartamos a possibilidade", informou o matchmaker Eric Gomez, ao ser questionado sobre
o assunto por esta coluna. Em 2000, defendendo o título em São Paulo, o brasileiro massacrou o mexicano Jauregui em apenas 1min23s.
Popó 2
Os rivais de Valdemir Pereira e Laudelino Barros na preliminar de
Popó x Grigorian serão Rogers Mtagwa (16 vitórias, 7 derrotas e 2
empates) e Danny Batchelder (20 vitórias, 1 derrota e 1 empate).
E-mail eohata@folhasp.com.br
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