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FUTEBOL
Enquanto jogadores festejavam, dirigentes já discutiam no vestiário manobras para a eleição corintiana de 2006
Samba atenua guerra política após título
DOS ENVIADOS A GOIÂNIA
O vestiário corintiano ontem
teve comemoração de título com
roda de samba e sinais de uma
guerra declarada na política do
clube a partir de hoje.
Os jogadores não mostraram
constrangimento pelo imbróglio
jurídico em que se transformou o
Brasileiro. O vice de futebol, Andrés Sanchez, também não fez cerimônia, pela primeira vez, admitiu que pode pedir demissão de
seu cargo. Outro assunto ficou
restrito aos cartolas: a demissão
de Vanderlei Luxemburgo no
Real Madrid, que empolgou a ala
contrária a Antônio Lopes.
Sem taça e sem faixa de campeão, os atletas fizeram festa no
campo no local em que estava a
Gaviões da Fiel, principal organizada do clube. "Foi lindo ver a
maneira como eles se mobilizaram para acompanhar o time",
afirmou o goleiro Fábio Costa.
Pouco depois de entrarem no
vestiário os jogadores começaram
a sambar. Enquanto isso, os cartolas tentavam minimizar a briga
jurídica. "Estamos fazendo a
maior comemoração, deixa o Inter ir para a Justiça, para a Fifa, para onde quiser", disse o presidente do Corinthians, Alberto Dualib.
"Nós cumprimos o que a CBF e
o TJD determinou. Se eu ficasse
em segundo lugar também daria a
volta olímpica. Cada um que procure seus direitos. A metade do
país está comemorando", disse
Sanchez.
Desafeto de Dualib, Sanchez pode deixar o cargo nos próximos
dias. "Estou analisando, penso
nessa possibilidade. É muita pressão e existem muitas coisas que
precisam ser acertadas", afirmou
o dirigente.
Ele tem bom relacionamento
com o iraniano Kia Joorabchian,
presidente da MSI que também
está brigado com Dualib -ontem, porém, Kia deu um abraço
no presidente corintiano. Esse é
um dos motivos que podem fazer
o dirigente a demitir o vice, caso
ele permaneça no cargo. Há uma
semana, Sanchez disse que não se
demitiria de maneira alguma.
A saída dele do cargo pode marcar a abertura da batalha eleitoral
no clube, que terá votação no ano
que vem. Se não for candidato, o
vice deverá apoiar um opositor de
Dualib no pleito.
O técnico Antônio Lopes também tem dirigentes que querem
vê-lo fora do Parque São Jorge, já
que foi trazido por Sanchez.
Com a queda de Luxemburgo
ontem, tais cartolas começarão
hoje um lobby para convencer o
presidente a contratá-lo. O ex-técnico do Real já esteve nos planos
de Kia, pouco antes de ele se
transferir para a Espanha. O problema é que não houve acerto financeiro entre as partes, e a negociação acabou cancelada.
Ontem, os cartolas evitaram falar das futuras contratações para
2006, ano em que o time disputará a Libertadores. Rodrigo Tabata, do Goiás, pode ser a primeira
novidade. Seu procurador desfilou na concentração corintiana
em Goiânia.
Os meio-campistas Renato e
Ramón, ambos do Atlético-MG,
também interessam ao time paulista. "Passamos os últimos dias
nos concentrando no título. Agora também não é hora de falar de
contratação, temos que comemorar", disse Dualib.(EAR E RP)
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