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Polícia e fatos contradizem o ex-dirigente
DA REPORTAGEM LOCAL
O ex-presidente corintiano Alberto Dualib foi
afastado após uma série de
denúncias em relação à
sua gestão, que incluem
supostas notas frias de
serviços, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e contratos com benefícios a familiares.
Ao dizer que não se
aproveitou do clube, Dualib esqueceu de mencionar
sua neta Carla Dualib. Ela
foi beneficiada como intermediadora de contratos de marketing.
Assim, recebeu percentuais por acordos com a
Nike e a Samsung, entre
outros. Até suas funcionárias eram pagas pelo clube.
E a Polícia Civil investiga a emissão de supostas
notas frias na gestão do dirigente, que seriam usadas
para criar despesas falsas.
A fraude pode chegar a R$
1 milhão, segundo o Ministério Público Estadual.
À Folha Dualib afirma
que a Justiça pode concluir que ele não lavou dinheiro na parceria com a
MSI. Mas, em escutas telefônicas obtidas pela Polícia Federal, o cartola disse a Renato Duprat sobre
recursos da MSI: "Dinheiro não pode mandar mais
aí como lavagem... Tem
que limpar isso aí".
O saldo da parceria Corinthians/MSI também
derruba a tese de Dualib
de que aumentou o patrimônio do clube. A atual diretoria divulgou que a dívida chegou a R$ 95,7 milhões. Mas esse valor pode
ser maior, pois o passivo
(obrigações a pagar) soma
R$ 128,3 milhões.
Esse valor é resultante
de vultosos compromissos
financeiros assumidos pela gestão Dualib. Promessa de toda sua administração, o estádio do Corinthians nunca saiu. É o único dos grandes times de
São Paulo sem estádio
próprio para poder jogar
suas partidas.
Dualib alega ter gerido o
clube na campanha do rebaixamento apenas por 17
rodadas. Mas foi em sua
gestão em que foi contratada a base do time.
Foi com Dualib que foram contratados o goleiro
Felipe, os zagueiros Fábio
Ferreira, Zelão e Kadu, os
meio-campistas Moradei,
Ricardinho, Vampeta, Júnior Negão e Marcelo Oliveira, e os atacantes Clodoaldo e Finazzi.
Boa parte deles foi levada ao clube pelo ex-vice-presidente de futebol Rubens Gomes. Assim como
Antoine Gebran, ele não
tinha experiência na área,
outra reclamação do antigo presidente.
Ao exaltar seus títulos,
Dualib esqueceu de lembrar que o último deles,
Brasileiro-2005, foi manchado. Em escuta telefônica da PF, o próprio dirigente disse que ganhou
"roubado", em referência
a erro de arbitragem e
uma afronta à MSI.
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