São Paulo, sábado, 05 de dezembro de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Parreira pede que África do Sul não fique assustada

DOS ENVIADOS À CIDADE DO CABO

"Que coisa! A França está sempre no caminho dos brasileiros", afirmou Carlos Alberto Parreira, treinador da seleção brasileira na derrota por 1 a 0 nas quartas de final de 2006 e treinador da África do Sul no Mundial do ano que vem.
"Talvez o nosso grupo seja o mais difícil. É o único que tem dois campeões mundiais [Uruguai e França], e o México é um time com muita experiência em Copas. Mas não devemos ter medo. Temos que encarar o desafio, pensar positivamente", afirmou Parreira, primeiro em inglês, para as dezenas de jornalistas locais, e depois em português, para os conterrâneos.
"Tecnicamente, a França é o melhor time da chave. Eles têm jogadores em grandes clubes europeus, como Arsenal, Chelsea, Manchester United e Real Madrid. Mas isso não quer dizer que será o jogo mais difícil. Conhecemos bem o Uruguai. É um time guerreiro, cresce em Copas", analisou o brasileiro.
Ele foi elogiado por Javier Aguirre, treinador do México ("É um técnico campeão do mundo, muito experiente, mas não lembro de confronto com ele"), e disse não ver a estreia contra os mexicanos, o jogo de abertura do Mundial, como partida crucial para a equipe.
"Claro que, se vencermos na estreia, teremos mais confiança para os outros jogos. Mas não adianta nada vencer o México e perder as outras partidas. Temos que fazer três bons jogos, pensar no grupo como um todo. Não podemos ficar assustados", afirmou Parreira.
O técnico brasileiro estreará no estádio Soccer City, com 95 mil torcedores -ele tem pedido aos torcedores sul-africanos que pressionem os adversários com as famosas e ensurdecedoras vuvuzelas, arma local.
O maior oponente de Parreira, em tese, é o treinador francês Raymond Domenech, que ontem mesmo já criou saias justas com jornalistas sul-africanos, que exigiam dele respostas em inglês, a língua local.
"Não compreendi", declarou ele quando perguntado se Henry faria gols de mão na primeira Copa no continente africano. Saiu à francesa e olhou para outro repórter, que fez outra pergunta em inglês que ficou sem resposta. Abriu exceção para somente falar de vuvuzelas em bom inglês.
"Eu já tenho uma", brincou o técnico vice-campeão mundial em 2006, fazendo o gesto como se soprasse uma corneta.
Oscar Tabárez, técnico do Uruguai, também elogiou a experiência de Parreira. "Sempre é um plus jogar em casa, diante de seus torcedores, mas é preciso ver como os jogadores sul-africanos lidarão com essa responsabilidade." (PC E RBU)


Texto Anterior: [+]PVC: Seleção cai no "Grupo dos Craques"
Próximo Texto: Maradona reencontra drama e alegria de 1994
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.