|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Parreira pede que África do Sul não fique assustada
DOS ENVIADOS À CIDADE DO CABO
"Que coisa! A França está
sempre no caminho dos brasileiros", afirmou Carlos Alberto
Parreira, treinador da seleção
brasileira na derrota por 1 a 0
nas quartas de final de 2006 e
treinador da África do Sul no
Mundial do ano que vem.
"Talvez o nosso grupo seja o
mais difícil. É o único que tem
dois campeões mundiais [Uruguai e França], e o México é um
time com muita experiência
em Copas. Mas não devemos
ter medo. Temos que encarar o
desafio, pensar positivamente",
afirmou Parreira, primeiro em
inglês, para as dezenas de jornalistas locais, e depois em português, para os conterrâneos.
"Tecnicamente, a França é o
melhor time da chave. Eles têm
jogadores em grandes clubes
europeus, como Arsenal, Chelsea, Manchester United e Real
Madrid. Mas isso não quer dizer que será o jogo mais difícil.
Conhecemos bem o Uruguai. É
um time guerreiro, cresce em
Copas", analisou o brasileiro.
Ele foi elogiado por Javier
Aguirre, treinador do México
("É um técnico campeão do
mundo, muito experiente, mas
não lembro de confronto com
ele"), e disse não ver a estreia
contra os mexicanos, o jogo de
abertura do Mundial, como
partida crucial para a equipe.
"Claro que, se vencermos na
estreia, teremos mais confiança para os outros jogos. Mas
não adianta nada vencer o México e perder as outras partidas.
Temos que fazer três bons jogos, pensar no grupo como um
todo. Não podemos ficar assustados", afirmou Parreira.
O técnico brasileiro estreará
no estádio Soccer City, com 95
mil torcedores -ele tem pedido aos torcedores sul-africanos
que pressionem os adversários
com as famosas e ensurdecedoras vuvuzelas, arma local.
O maior oponente de Parreira, em tese, é o treinador francês Raymond Domenech, que
ontem mesmo já criou saias
justas com jornalistas sul-africanos, que exigiam dele respostas em inglês, a língua local.
"Não compreendi", declarou
ele quando perguntado se
Henry faria gols de mão na primeira Copa no continente africano. Saiu à francesa e olhou
para outro repórter, que fez outra pergunta em inglês que ficou sem resposta. Abriu exceção para somente falar de vuvuzelas em bom inglês.
"Eu já tenho uma", brincou o
técnico vice-campeão mundial
em 2006, fazendo o gesto como
se soprasse uma corneta.
Oscar Tabárez, técnico do
Uruguai, também elogiou a experiência de Parreira. "Sempre
é um plus jogar em casa, diante
de seus torcedores, mas é preciso ver como os jogadores sul-africanos lidarão com essa responsabilidade."
(PC E RBU)
Texto Anterior: [+]PVC: Seleção cai no "Grupo dos Craques" Próximo Texto: Maradona reencontra drama e alegria de 1994 Índice
|