São Paulo, terça-feira, 06 de janeiro de 2009

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VÔLEI

Esporte e outras histórias


Cubanos iniciam novo ciclo olímpico na tentativa de suprir perdas de atletas e reviver glórias do passado

CIDA SANTOS
DA REPORTAGEM LOCAL

JÁ QUE A bola está parada na Superliga, vamos dar um giro pelo mundo do vôlei. A aterrissagem é em Cuba. Em 2009, o país festeja os 50 anos da Revolução Cubana e faz um balanço. Em um dos últimos números do jornal "Trabajadores", a constatação: o esporte cubano decaiu entre 2004 e 2008.
Há até a citação de uma frase de Fidel Castro após os Jogos de Pequim: "Nós dormimos nos louros da vitória". A ideia agora é fazer do novo ciclo período de recuperação com intercâmbios com outros países para Cuba ter acesso a novas técnicas de treinos e avanços científicos.
No vôlei, o último ciclo olímpico foi difícil especialmente para a seleção feminina, tricampeã olímpica (1992/1996/2000). Nas duas últimas Olimpíadas, Cuba foi bronze em Atenas e quarta em Pequim. O time, bi mundial em 1994/1998, ficou em sétimo no Mundial de 2006.
Algumas razões são claras: Cuba tinha uma geração espetacular nos anos 90, com Mireya Luis, Regla Torres e companhia. Com a aposentadoria delas, as novas gerações não mostraram o mesmo brilho. Para complicar, Cuba passou a viver o tormento das deserções de atletas.
No feminino, a maior baixa foi Taismary Aguero, que abandonou a seleção na Copa BCV na Suíça, em 2001. Foi morar na Itália e se naturalizou. Com ela, o país chegou à glória em 2007: campeã da Copa do Mundo. Aguero é a atacante dos sonhos: bola pra ela é bola no chão. Em Pequim, Aguero não brilhou. Pouco antes da Olimpíada, tentou ir a Cuba visitar a mãe, que estava muito doente. Não conseguiu entrar no país. Voltou à China para defender a Itália, que ficou em quinto.
No masculino, o golpe foi mais duro. A seleção, ouro na Copa dos Campeões-2001, era jovem e tinha tudo para ir ao pódio em Atenas. Em 2002, seis atletas, entre eles os titulares como Ihosvany Hernandes, Angel Dennis e Leonel Marshall, fugiram para a Itália. Resultado: Cuba não foi às duas últimas Olimpíadas.
Na Copa América de 2008, a surpresa: venceu um misto do Brasil com um time jovem, com média de 20 anos. Sinal de dias melhores.

ITALIANO 1
O Italiano não para. Depois da rodada do fim de semana, a turma já volta a jogar hoje. A novidade é que o Macerata, do central Rodrigão, tropeçou na zebra Martina Franca e perdeu a liderança. O líder agora é o Trentino, do búlgaro Kaziyski e do brasileiro Leandro Vissotto.

MERCADO
O ouro feminino em Pequim mexeu com os patrocínios. A Olympikus, que já apoiava Bernardinho e Giba, fechou com a líbero Fabi, a ponta Paula Pequeno e com Zé Roberto. A empresa também acertou com um astro da nova geração, o levantador Bruno, e vestirá o Florianópolis e o Rio de Janeiro.

cidasan@uol.com.br


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