São Paulo, terça-feira, 06 de janeiro de 2009

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Dirigente da Copa-2010 é morto após denúncias

Jimmy Mohlala, que apontou corrupção em obras para o Mundial, foi baleado

Responsável pelo comitê organizador do evento diz que o assassinato é violento golpe para a competição, que já coleciona problemas


DA REPORTAGEM LOCAL

Jimmy Mohlala, membro do Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2010, na África do Sul, foi assassinado anteontem em sua casa em Mbombela.
O dirigente, alvo de tiros desferidos por homens encapuzados, denunciou no ano passado um caso de corrupção envolvendo um dos estádios que serão usados no primeiro Mundial africano. Mohlala havia acusado membros do Congresso Nacional Africano (ANC) de tentarem tirá-lo do cargo após ter assegurado que um companheiro havia cometido irregularidades financeiras no exercício de suas funções.
Por causa das denúncias de Mohlala, uma investigação teve início -ela segue em curso, e já houve dirigentes suspensos. No início do ano, o Congresso Nacional Africano pediu a saída de Mohlala de seu posto, mas ele se negou a entregar o cargo.
A morte do ex-vice-presidente da Associação Sul-Africana de Futebol (Safa) é um ""violento golpe" para a organização do Mundial em Nelspruit, afirmou ontem por meio de comunicado o responsável pelo Comitê Organizador da Copa da África do Sul, Danny Jordaan.
Segundo Philip Fakhude, porta-voz da polícia local, Mohlala foi atingido do lado de fora de sua casa quando tentava correr, aparentemente, de dois homens armados. O filho de 19 anos de Mohlala também levou um tiro. Fakhude disse que o motivo do crime não está claro.
Mohlala, 44, era porta-voz da municipalidade de Mbombela, uma das sedes do Mundial. O país-sede da próxima Copa tem uma das taxas de criminalidade mais altas do mundo (na média, ocorrem 50 homicídios por dia na África do Sul).
Joseph Blatter, presidente da Fifa, já garantiu mais de uma vez que a competição acontecerá na África do Sul e que não há plano B, C ou D para substituir o país africano na organização.
A realização do Mundial na África do Sul tem encontrado problemas como atraso em obras, altos custos e questões de segurança. O estádio Mbombela, pelas previsões, ficará pronto em outubro deste ano e abrigará 46 mil pessoas. A 7 km do centro da cidade, ele tem forma retangular ligeiramente curvada para dar boa visibilidade a todos os torcedores.


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