São Paulo, #!L#Domingo, 06 de Fevereiro de 2000


Envie esta notícia por e-mail para
assinantes do UOL ou da Folha
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Governo tem meta de centralizar apoio

da Reportagem Local

A questão do patrocínio ao esporte olímpico no Brasil gerou sérias discussões no governo federal. A preocupação é evitar que dirigentes e atletas obtenham apoio de diferentes órgãos estatais.
"O presidente concentrou a decisão sobre o patrocínio que as estatais vão dar ao esporte na comissão dos 500 anos do Brasil", disse à Folha Rafael Greca, ministro de Esporte e Turismo e presidente da comissão em questão.
Apesar de presidir o órgão, o definidor dos patrocínios será um conselho, chefiado pelo ministro Andrea Matarazzo.
Segundo ele, a idéia é unificar o setor que atenderá aos pedidos de patrocínio, evitando situações de duplo ou triplo financiamento por parte do governo.
"Unificando os patrocínios, as pessoas não vão pedir dinheiro no Indesp, nos Correios, na Petrobras e em outras estatais."
"Se uma determinada modalidade ganha dinheiro do Indesp, não pode ganhar dos Correios. É uma maneira de otimizar os recursos e de o governo ter um controle melhor do que é feito."
"O que não pode é dizerem que o governo não ajuda, como um campeão olímpico nosso, que em homenagem a sua glória eu não vou dizer o nome, que foi no "Roda Viva" (programa da TV Cultura), vestindo uma camiseta dos Correios, e dizia: o governo não me ajuda em nada. E estava com a camisetinha verde e amarela dos Correios. Fez papel de bobo."
Para Greca, "é sempre uma visão de que o governo é uma coisa e as estatais são outra". "Mas a fonte pagadora é uma só."
Além da unificação do setor responsável pelos patrocínios estatais, o ministro defende a tese de que tão importante como incentivar os esportes olímpicos é apoiar os paraolímpicos.
"Há uma estratégia até de umas empresas multinacionais de não dar dinheiro, porque a imagem seria negativa. Isso não é uma coisa humana. Acho importante o apoio que o Banco do Brasil decidiu dar aos que competem nas Paraolimpíadas."
Mas, neste caso, valeria o mesmo princípio: se o banco financia os paraolímpicos, o Indesp, que este ano desembolsará R$ 4 milhões com eles, teria de cair fora. (JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO)


Texto Anterior: Congresso decide o futuro das cifras
Próximo Texto: Futebol: RODRIGO BUENO - A corrida do ouro
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.