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Governo tem meta de centralizar apoio
da Reportagem Local
A questão do patrocínio ao esporte olímpico no Brasil gerou sérias discussões no governo federal. A preocupação é evitar que dirigentes e atletas obtenham apoio
de diferentes órgãos estatais.
"O presidente concentrou a decisão sobre o patrocínio que as estatais vão dar ao esporte na comissão dos 500 anos do Brasil",
disse à Folha Rafael Greca, ministro de Esporte e Turismo e presidente da comissão em questão.
Apesar de presidir o órgão, o
definidor dos patrocínios será um
conselho, chefiado pelo ministro
Andrea Matarazzo.
Segundo ele, a idéia é unificar o
setor que atenderá aos pedidos de
patrocínio, evitando situações de
duplo ou triplo financiamento
por parte do governo.
"Unificando os patrocínios, as
pessoas não vão pedir dinheiro no
Indesp, nos Correios, na Petrobras e em outras estatais."
"Se uma determinada modalidade ganha dinheiro do Indesp,
não pode ganhar dos Correios. É
uma maneira de otimizar os recursos e de o governo ter um controle melhor do que é feito."
"O que não pode é dizerem que
o governo não ajuda, como um
campeão olímpico nosso, que em
homenagem a sua glória eu não
vou dizer o nome, que foi no "Roda Viva" (programa da TV Cultura), vestindo uma camiseta dos
Correios, e dizia: o governo não
me ajuda em nada. E estava com
a camisetinha verde e amarela
dos Correios. Fez papel de bobo."
Para Greca, "é sempre uma visão de que o governo é uma coisa
e as estatais são outra". "Mas a
fonte pagadora é uma só."
Além da unificação do setor
responsável pelos patrocínios estatais, o ministro defende a tese
de que tão importante como incentivar os esportes olímpicos é
apoiar os paraolímpicos.
"Há uma estratégia até de umas
empresas multinacionais de não
dar dinheiro, porque a imagem
seria negativa. Isso não é uma coisa humana. Acho importante o
apoio que o Banco do Brasil decidiu dar aos que competem nas
Paraolimpíadas."
Mas, neste caso, valeria o mesmo princípio: se o banco financia
os paraolímpicos, o Indesp, que
este ano desembolsará R$ 4 milhões com eles, teria de cair fora.
(JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO)
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