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BASQUETE
Rio Preto, que procurava parceria, só fez duas partidas, em novembro, e atletas estavam de férias desde dezembro
Sem verba, equipe abandona Liga de Oscar
MARIANA LAJOLO
DA REPORTAGEM LOCAL
Os jogadores receberão a má
notícia hoje. Após dois meses de
férias, reapresentam-se a seu clube e dão adeus à Nossa Liga.
Radicado em Fernandópolis (a
555 km de São Paulo), o time fechara acordo com São José do Rio
Preto para jogar o torneio. Mas só
entrou em quadra duas vezes.
Logo no início da competição, a
cidade perdeu o patrocínio que
bancava as viagens e a alimentação dos atletas. Teve seus jogos
suspensos e ganhou prazo até
meados de janeiro para resolver o
problema. Não conseguiu.
Para os jogadores, porém, o cenário já era desanimador bem antes de o prazo terminar.
"No começo, disseram que iam
remarcar os jogos porque as datas
coincidiam com as da A2 do Paulista, que estávamos disputando.
Depois, ninguém mais deu satisfação", afirma Rodrigo Garcia.
"Como a gente não jogava mais
e os atletas estavam de folga da faculdade, dei férias para eles desde
10 de dezembro", completa o técnico, que recebe o grupo de volta
hoje e já começa a procurar torneios para disputar no ano.
Rio Preto figurou na tabela da
Nossa Liga em 4 e 5 de novembro.
Perdeu as duas partidas. A situação salta aos olhos. Vários times já
disputaram mais de dez partidas.
A saída da equipe do torneio será oficializada hoje, em reunião
dos clubes em São Paulo.
"Demos um prazo para eles sanarem o problema. Infelizmente,
não foi possível. Então, vamos
considerar os demais jogos de Rio
Preto como W.O. e seguir em
frente", afirma José Medalha, diretor-executivo da Nossa Liga.
Mas, na quinta-feira, quando o
dirigente deu esta declaração, William de Andrade, dirigente de
Rio Preto, já contava com a salvação: parceria com Nova Iguaçu.
A entidade presidida por Oscar
se mobilizou para ajudar o clube e
aventou o acordo, mas a cidade
fluminense, que já tem time próprio e não figura como membro
da liga, preferiu não concretizá-lo.
"Esse período todo de transição
gerou muita incerteza. Não podíamos segurar os jogadores.
Queríamos entrar com um time
capaz de lutar por boas posições.
Vamos voltar nosso projeto para
o Carioca e, aí sim, conseguir vaga
na Nossa Liga por nossos méritos", diz Keler Borges Cardoso Júnior, supervisor técnico da equipe
de Nova Iguaçu, que chegou à semifinal no último Estadual.
A notícia só chegou a São José
do Rio Preto na tarde de sexta.
Mesmo que conseguisse a verba, a equipe teria muita dificuldade para terminar a primeira fase
sem sobrecarregar seus jogadores
e bagunçar o calendário.
A tabela prevê partidas até o dia
23, e o time ainda precisa entrar
em quadra 16 vezes.
"Ia ser uma correria mesmo. A
gente estava pensando em levar a
equipe para Rio Preto ou para outra cidade para facilitar. Mas,
mesmo assim, seria bastante
complicado", diz o treinador.
Além de sofrido para os atletas,
o retorno iria embaralhar a tabela
do torneio. Com a reentrada do time, seria necessário diminuir o
espaço entre uma partida e outra.
Com a remarcação de dois duelos de Rio Preto no ano passado
-acabaram não acontecendo-,
por exemplo, a liga já havia ferido
o Estatuto do Torcedor.
Pelo texto, uma partida só pode
ter sua data alterada no mínimo
72 horas antes do previsto.
"Não há o que fazer. Vamos
atrás de competições e reforços.
Espero que a partir de agora só
me procurem para dar entrevista
sobre coisas boas", diz Garcia.
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