São Paulo, segunda-feira, 06 de fevereiro de 2006

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VÔLEI

As disputas

CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA

A luta pela liderança da Superliga masculina está animada. O novo líder é o Minas, do atacante Samuel, mas o Florianópolis, do levantador Bruninho, está coladinho nos mineiros.
Os dois times têm 12 vitórias e três derrotas cada um, a diferença está na média dos sets ganhos pelos perdidos.
O jogo mais disputado da rodada foi entre Minas e São Bernardo, o terceiro colocado. Só o segundo set já valeu pela partida: 37 minutos de belas jogadas e um placar de 36 a 34 para os paulistas. A vitória no jogo foi dos mineiros por 3 sets a 1. O bom dessa história toda é ver a evolução de alguns jogadores.
Um exemplo é Samuel. Ele, que começou a carreira como oposto e agora atua como ponta no Minas e na seleção brasileira, está jogando muita bola. Com 22 pontos, foi o segundo maior pontuador do jogo, atrás do oposto Leandrão, do São Bernardo, que marcou 28 e é uma das revelações da temporada.
Na Superliga feminina, a surpresa nas estatísticas é a atacante Paula Pequeno, do Osasco.
Grávida de cinco meses, ela é a dona da melhor defesa do torneio até a oitava rodada, a penúltima disputada. A jogadora foi poupada no sábado contra o Flamengo, mas deve enfrentar o Suzano na quarta-feira.
Nas 92 defesas que executou, Paula teve uma eficiência de 58,7%. Ok, as estatísticas são sempre um tanto subjetivas e, por isso mesmo, questionáveis. Mas de toda maneira a defesa nunca foi a principal qualidade de Paula como jogadora.
E esse fundamento é o que mais exige coragem no vôlei: precisa se expor à violência da bola, se atirar e sofrer o risco de levar pancadas. Por isso, chama a atenção que ela, grávida e quatro quilos mais pesada, consiga todo esse bom desempenho na defesa.
O técnico do Osasco, Paulo Cocco, diz que Paula não tem medo, se atira mesmo para defender. Treina com rolamento, queda lateral. Já no ataque, seu principal fundamento, não apresenta o mesmo desempenho, possivelmente por estar mais pesada. Está em décimo lugar: em 179 bolas, colocou 58 no chão.
A atacante joga com um laudo de sua médica ginecologista. A meta é estar em quadra até o sexto mês, como Isabel nos anos 80. Como a filha, a Mel, nasce em junho, ela vai tentar estar em forma para jogar o Mundial, em novembro. Não vai ser fácil, mas pelo que ela vem mostrando, é bem possível que consiga.
A semana teve mais um capítulo do fogo cruzado entre Bernardinho, Fernanda Venturini e José Roberto Guimarães.
A levantadora, que já havia prometido revelar "quem é Zé Roberto" no final da Superliga quando vai encerrar a carreira, voltou atrás.
Fernanda, em entrevista para a rádio Lance!, afirmou que não vai mais falar sobre Zé Roberto, mas não parou por aí. Disse que, se tivesse mais dez anos de carreira, não voltaria a trabalhar com ele. O técnico não gostou e deu o troco. Respondeu que não treinaria a levantadora pelos próximos cem anos. Triste vôlei!

Italiano 1
No confronto de brasileiras no Italiano, o Perugia, de Fofão e Walewska, venceu o Pesaro, de Sheila, por 3 a 1 (20/25, 25/23, 25/18 e 25/ 16). Sheila foi a maior pontuadora, com 22 pontos. Os dois times somam 12 vitórias e três derrotas, mas o Pesaro tem vantagem nos sets e é o terceiro. O líder é o Novara, de Cristina Pirv, mulher de Giba.

Italiano 2
Na última semana, o oposto André Nascimento, da seleção brasileira, deu um show em quadras italianas. Ele marcou 31 pontos na surpreendente vitória por 3 sets a 2 do seu time, o Trentino, sobre o Treviso, o líder do Campeonato Italiano. Foi a segunda derrota, em 15 jogos, do Treviso, time do central Gustavo. O Trentino tem mais dois brasileiros: o técnico Radamés Lattari e o central André Heller.


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