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VÔLEI
As disputas
CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA
A luta pela liderança da Superliga masculina está animada. O novo líder é o Minas, do
atacante Samuel, mas o Florianópolis, do levantador Bruninho, está coladinho nos mineiros.
Os dois times têm 12 vitórias e
três derrotas cada um, a diferença
está na média dos sets ganhos pelos perdidos.
O jogo mais disputado da rodada foi entre Minas e São Bernardo, o terceiro colocado. Só o segundo set já valeu pela partida:
37 minutos de belas jogadas e um
placar de 36 a 34 para os paulistas. A vitória no jogo foi dos mineiros por 3 sets a 1. O bom dessa
história toda é ver a evolução de
alguns jogadores.
Um exemplo é Samuel. Ele, que
começou a carreira como oposto e
agora atua como ponta no Minas
e na seleção brasileira, está jogando muita bola. Com 22 pontos,
foi o segundo maior pontuador
do jogo, atrás do oposto Leandrão, do São Bernardo, que marcou 28 e é uma das revelações da
temporada.
Na Superliga feminina, a surpresa nas estatísticas é a atacante
Paula Pequeno, do Osasco.
Grávida de cinco meses, ela é a
dona da melhor defesa do torneio
até a oitava rodada, a penúltima
disputada. A jogadora foi poupada no sábado contra o Flamengo,
mas deve enfrentar o Suzano na
quarta-feira.
Nas 92 defesas que executou,
Paula teve uma eficiência de
58,7%. Ok, as estatísticas são sempre um tanto subjetivas e, por isso
mesmo, questionáveis. Mas de toda maneira a defesa nunca foi a
principal qualidade de Paula como jogadora.
E esse fundamento é o que mais
exige coragem no vôlei: precisa se
expor à violência da bola, se atirar e sofrer o risco de levar pancadas. Por isso, chama a atenção
que ela, grávida e quatro quilos
mais pesada, consiga todo esse
bom desempenho na defesa.
O técnico do Osasco, Paulo Cocco, diz que Paula não tem medo,
se atira mesmo para defender.
Treina com rolamento, queda lateral. Já no ataque, seu principal
fundamento, não apresenta o
mesmo desempenho, possivelmente por estar mais pesada. Está
em décimo lugar: em 179 bolas,
colocou 58 no chão.
A atacante joga com um laudo
de sua médica ginecologista. A
meta é estar em quadra até o sexto mês, como Isabel nos anos 80.
Como a filha, a Mel, nasce em junho, ela vai tentar estar em forma
para jogar o Mundial, em novembro. Não vai ser fácil, mas pelo
que ela vem mostrando, é bem
possível que consiga.
A semana teve mais um capítulo do fogo cruzado entre Bernardinho, Fernanda Venturini e José
Roberto Guimarães.
A levantadora, que já havia
prometido revelar "quem é Zé Roberto" no final da Superliga
quando vai encerrar a carreira,
voltou atrás.
Fernanda, em entrevista para a
rádio Lance!, afirmou que não
vai mais falar sobre Zé Roberto,
mas não parou por aí. Disse que,
se tivesse mais dez anos de carreira, não voltaria a trabalhar com
ele. O técnico não gostou e deu o
troco. Respondeu que não treinaria a levantadora pelos próximos
cem anos. Triste vôlei!
Italiano 1
No confronto de brasileiras no Italiano, o Perugia, de Fofão e Walewska, venceu o Pesaro, de Sheila, por 3 a 1 (20/25, 25/23, 25/18 e 25/
16). Sheila foi a maior pontuadora, com 22 pontos. Os dois times somam 12 vitórias e três derrotas, mas o Pesaro tem vantagem nos sets
e é o terceiro. O líder é o Novara, de Cristina Pirv, mulher de Giba.
Italiano 2
Na última semana, o oposto André Nascimento, da seleção brasileira, deu um show em quadras italianas. Ele marcou 31 pontos na surpreendente vitória por 3 sets a 2 do seu time, o Trentino, sobre o Treviso, o líder do Campeonato Italiano. Foi a segunda derrota, em 15 jogos, do Treviso, time do central Gustavo. O Trentino tem mais dois
brasileiros: o técnico Radamés Lattari e o central André Heller.
E-mail - cidasan@uol.com.br
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