São Paulo, sexta-feira, 06 de março de 2009

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Ginástica inicia sua Corrida dos Campeões

Circuito irá dar troféu e dinheiro aos campeões

CRISTIANO CIPRIANO POMBO
DA REPORTAGEM LOCAL

De uma só vez, a ginástica artística inaugura hoje, na abertura do circuito de 2009, um código de pontuação diferente, uma nova formatação para o ranking mundial e, de quebra, sua Corrida dos Campeões.
Enquanto as alterações técnicas tentam dar mais brilho às atuações dos atletas, aumentando a escala de dificuldades das apresentações, a segunda e a terceira inovações pretendem tornar mais atrativa a temporada anual de ginástica, tanto aos torcedores quanto aos ginastas.
Pelo novo modelo, o circuito da Federação Internacional de Ginástica passa a ser formado por oito etapas da Copa do Mundo -este ano, exceção, terá nove. E funcionará quase nos mesmos moldes da Corrida dos Campeões do tênis, que existia até o final do ano passado.
Em cada estágio, serão dados pontos aos 16 mais bem colocados de cada prova, algo que, antes, só os oito finalistas tinham direito. "A ideia é tornar o circuito dinâmico e as etapas mais atraentes aos atletas. E facilitar a compreensão do ranking pelo público", diz Philippe Silacci, chefe de comunicação da FIG.
A iniciativa visa evitar saia justa como a vivida no final de 2008, quando a FIG anunciou a finalíssima da Copa com os oito mais bem ranqueados de cada aparelho e, à medida que muitos desses postos pertenciam a atletas aposentados e lesionados, teve que chamar reservas.
Atletas ouvidos pela Folha aprovam as medidas, mas pregam a participação efetiva do Brasil nas etapas. "Agora, é importante atuar em todos os torneios possíveis para somar pontos e se manter entre os primeiros", diz Diego Hypólito.
Líder absoluto do solo, o brasileiro, segundo a FIG, agora perderá, pelo menos até competir, o reinado na listagem.
Em novembro, após a última etapa, a Corrida dará troféu e prêmio em dinheiro aos campeões de cada aparelho -os quatro melhores resultados entram na conta, permitindo a quem atuar em mais etapas descartar resultados ruins.
Em cada um dos dez aparelhos (seis masculinos e quatro femininos), os ginastas serão testados no novo código, que tem meta clara: "As mudanças tentam frear o ímpeto acrobático e resgatar o lado artístico. Atletas faziam séries cheias de acrobacias e mal respiravam. Hoje o código contempla até ligações com elementos de dança", diz a árbitra internacional Catarina Duarte dos Santos.
O rigor do novo código fica evidente na queda, que agora desconta um ponto -era 0,8.
Para Diego, as novas regras ajudam quem faz movimentos difíceis. "Atletas de menor capacidade faziam ligações de elementos baixos para obter bonificação de um elemento de maior dificuldade. Agora isso não será mais possível."
Na prática, as inovações serão testadas a partir de hoje, quando começa a Corrida dos Campeões da ginástica no Canadá, em etapa sem brasileiros.


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