|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Ginástica inicia sua Corrida dos Campeões
Circuito irá dar troféu e dinheiro aos campeões
CRISTIANO CIPRIANO POMBO
DA REPORTAGEM LOCAL
De uma só vez, a ginástica artística inaugura hoje, na abertura do circuito de 2009, um
código de pontuação diferente,
uma nova formatação para o
ranking mundial e, de quebra,
sua Corrida dos Campeões.
Enquanto as alterações técnicas tentam dar mais brilho às
atuações dos atletas, aumentando a escala de dificuldades
das apresentações, a segunda e
a terceira inovações pretendem
tornar mais atrativa a temporada anual de ginástica, tanto aos
torcedores quanto aos ginastas.
Pelo novo modelo, o circuito
da Federação Internacional de
Ginástica passa a ser formado
por oito etapas da Copa do
Mundo -este ano, exceção, terá nove. E funcionará quase nos
mesmos moldes da Corrida dos
Campeões do tênis, que existia
até o final do ano passado.
Em cada estágio, serão dados
pontos aos 16 mais bem colocados de cada prova, algo que, antes, só os oito finalistas tinham
direito. "A ideia é tornar o circuito dinâmico e as etapas mais
atraentes aos atletas. E facilitar
a compreensão do ranking pelo
público", diz Philippe Silacci,
chefe de comunicação da FIG.
A iniciativa visa evitar saia
justa como a vivida no final de
2008, quando a FIG anunciou a
finalíssima da Copa com os oito
mais bem ranqueados de cada
aparelho e, à medida que muitos desses postos pertenciam a
atletas aposentados e lesionados, teve que chamar reservas.
Atletas ouvidos pela Folha
aprovam as medidas, mas pregam a participação efetiva do
Brasil nas etapas. "Agora, é importante atuar em todos os torneios possíveis para somar
pontos e se manter entre os
primeiros", diz Diego Hypólito.
Líder absoluto do solo, o brasileiro, segundo a FIG, agora
perderá, pelo menos até competir, o reinado na listagem.
Em novembro, após a última
etapa, a Corrida dará troféu e
prêmio em dinheiro aos campeões de cada aparelho -os
quatro melhores resultados
entram na conta, permitindo a
quem atuar em mais etapas
descartar resultados ruins.
Em cada um dos dez aparelhos (seis masculinos e quatro
femininos), os ginastas serão
testados no novo código, que
tem meta clara: "As mudanças
tentam frear o ímpeto acrobático e resgatar o lado artístico.
Atletas faziam séries cheias de
acrobacias e mal respiravam.
Hoje o código contempla até ligações com elementos de dança", diz a árbitra internacional
Catarina Duarte dos Santos.
O rigor do novo código fica
evidente na queda, que agora
desconta um ponto -era 0,8.
Para Diego, as novas regras
ajudam quem faz movimentos
difíceis. "Atletas de menor capacidade faziam ligações de
elementos baixos para obter
bonificação de um elemento de
maior dificuldade. Agora isso
não será mais possível."
Na prática, as inovações serão testadas a partir de hoje,
quando começa a Corrida dos
Campeões da ginástica no Canadá, em etapa sem brasileiros.
Texto Anterior: Fluminense: Tumulto marca chegada do atacante Fred Próximo Texto: Honda, enfim, vira Brawn GP e continua na F-1 Índice
|