São Paulo, sexta-feira, 06 de março de 2009

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Honda, enfim, vira Brawn GP e continua na F-1

Equipe terá Barrichello e Button como dupla de pilotos e fará só duas sessões de testes antes de estrear no Mundial

Depois de três meses de negociação, Ross Brawn assume comando do time e assegura carros no grid para a abertura do campeonato

DA REPORTAGEM LOCAL

Exatos três meses depois de anunciar que deixaria a F-1 por causa da crise financeira, a Honda ontem passou sua equipe para as mãos de um de seus funcionários. O time disputará o Mundial que começa no próximo dia 29, em Melbourne, agora sob o nome de Brawn GP.
Foram quase três meses atrás de um comprador que não apareceu até que Ross Brawn, que no ano passado trabalhou como diretor técnico, assumisse o comando da escuderia.
"Em primeiro lugar, é uma pena que depois de tantos anos ao lado da Honda não possamos continuar juntos", disse Brawn, em comunicado distribuído à imprensa na noite de ontem, manhã no Japão.
A Brawn GP manterá a dupla de pilotos da Honda nas últimas três temporadas, Rubens Barrichello, 36, e Jenson Button, 29, e seus carros serão equipados com os motores fornecidos pela Mercedes.
"A vasta experiência que Rubens e Jenson trazem para nosso time será inestimável, já que teremos o menor tempo possível para nos prepararmos para a primeira corrida do ano", completou o dirigente inglês.
Especula-se que o dinheiro para manter a ex-Honda na categoria tenha vindo da própria montadora japonesa e de Bernie Ecclestone (detentor dos direitos comerciais da F-1), além de alguns patrocinadores.
Nick Fry, ex-chefe do time, mas cuja função ainda não foi anunciada, esteve em Genebra ontem para o encontro da Fota (associação dos times) e, antes mesmo da confirmação da sobrevivência, já dera a dica.
"Podemos dizer que nossa equipe foi e será beneficiada no futuro pela ajuda da Fota, não só pela redução de custos como pelo apoio que recebemos."
A definição do futuro da ex-Honda, porém, não coloca um ponto final na incerteza sobre a sobrevivência da Brawn GP por toda a temporada. No ano passado, por exemplo, a Super Aguri, que também enfrentava problemas financeiros, só disputou as quatro primeiras provas do ano.
E as dúvidas não param por aí. Na pista, o time não terá vida fácil em 2009. Isso porque desde o anúncio da saída da Honda, em dezembro, o time não colocou mais seu carro na pista, apesar de ter mantido a rotina de trabalho na fábrica de Brackley, na Inglaterra.
Antes de embarcar para a Austrália, a equipe fará apenas duas sessões de testes, de segunda a quinta em Barcelona e de 15 a 17 em Jerez (Espanha).


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