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Honda, enfim, vira Brawn GP e continua na F-1
Equipe terá Barrichello e Button como dupla de pilotos e fará só duas sessões de testes antes de estrear no Mundial
Depois de três meses de negociação, Ross Brawn assume comando do time e assegura carros no grid para a abertura do campeonato
DA REPORTAGEM LOCAL
Exatos três meses depois de
anunciar que deixaria a F-1 por
causa da crise financeira, a
Honda ontem passou sua equipe para as mãos de um de seus
funcionários. O time disputará
o Mundial que começa no próximo dia 29, em Melbourne,
agora sob o nome de Brawn GP.
Foram quase três meses
atrás de um comprador que não
apareceu até que Ross Brawn,
que no ano passado trabalhou
como diretor técnico, assumisse o comando da escuderia.
"Em primeiro lugar, é uma
pena que depois de tantos anos
ao lado da Honda não possamos continuar juntos", disse
Brawn, em comunicado distribuído à imprensa na noite de
ontem, manhã no Japão.
A Brawn GP manterá a dupla
de pilotos da Honda nas últimas três temporadas, Rubens
Barrichello, 36, e Jenson Button, 29, e seus carros serão
equipados com os motores fornecidos pela Mercedes.
"A vasta experiência que Rubens e Jenson trazem para nosso time será inestimável, já que
teremos o menor tempo possível para nos prepararmos para
a primeira corrida do ano",
completou o dirigente inglês.
Especula-se que o dinheiro
para manter a ex-Honda na categoria tenha vindo da própria
montadora japonesa e de Bernie Ecclestone (detentor dos
direitos comerciais da F-1),
além de alguns patrocinadores.
Nick Fry, ex-chefe do time,
mas cuja função ainda não foi
anunciada, esteve em Genebra
ontem para o encontro da Fota
(associação dos times) e, antes
mesmo da confirmação da sobrevivência, já dera a dica.
"Podemos dizer que nossa
equipe foi e será beneficiada no
futuro pela ajuda da Fota, não
só pela redução de custos como
pelo apoio que recebemos."
A definição do futuro da ex-Honda, porém, não coloca um
ponto final na incerteza sobre a
sobrevivência da Brawn GP por
toda a temporada. No ano passado, por exemplo, a Super
Aguri, que também enfrentava
problemas financeiros, só disputou as quatro primeiras provas do ano.
E as dúvidas não param por
aí. Na pista, o time não terá vida
fácil em 2009. Isso porque desde o anúncio da saída da Honda, em dezembro, o time não
colocou mais seu carro na pista,
apesar de ter mantido a rotina
de trabalho na fábrica de Brackley, na Inglaterra.
Antes de embarcar para a
Austrália, a equipe fará apenas
duas sessões de testes, de segunda a quinta em Barcelona e
de 15 a 17 em Jerez (Espanha).
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