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Projeto de lei dá direitos aos organizadores
DA REPORTAGEM LOCAL
Há em curso no Senado um
projeto de lei para dar proteção
às marcas alusivas ao Mundial
de 2014, dando amplos direitos
à Fifa e à CBF. É uma exigência
do caderno de encargos para
ser sede do evento, assinado
pelo governo brasileiro, a criação de uma legislação contra o
marketing pirata.
O projeto nº 394 diz ser privativo da Fifa o uso de 26 expressões relacionados ao evento e à Copa das Confederações-2013. Pelo texto, não há necessidade de registro, e sua validade é por tempo indeterminado.
O projeto prevê que ficam
proibidos o uso dessas marcas,
assim como os símbolos relacionados ao Mundial, por empresas ou pessoas físicas para
fins comerciais. As punições serão definidas em futuro regulamento da legislação. O problema é que o texto proposto pode
ferir ao menos um registro já
constituído no Instituto Nacional de Propriedade Industrial.
A marca Copa está registrada
pela Nissin-Ajinomoto.
Além da Fifa, a CBF também
ganha direitos exclusivos sobre
sete expressões relacionadas à
seleção brasileira. Entre elas,
estão "Equipe Canarinho".
Ainda há a previsão de municípios terem de "limpar" as zonas em volta dos estádios para
que seja evitado que empresas
façam propaganda nos entornos durante a Copa. Essa é outra exigência da Fifa.
O projeto, de autoria do senador Valdir Raupp (PMDB-RO),
foi feito em abril de 2009.
Em sua justificativa da proposta, o senador diz que o objetivo é proteger a Fifa do marketing de emboscada. E ressaltou
que ela segue as "recomendações propostas pela Fifa".
(RM)
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