São Paulo, sábado, 06 de março de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Projeto de lei dá direitos aos organizadores

DA REPORTAGEM LOCAL

Há em curso no Senado um projeto de lei para dar proteção às marcas alusivas ao Mundial de 2014, dando amplos direitos à Fifa e à CBF. É uma exigência do caderno de encargos para ser sede do evento, assinado pelo governo brasileiro, a criação de uma legislação contra o marketing pirata.
O projeto nº 394 diz ser privativo da Fifa o uso de 26 expressões relacionados ao evento e à Copa das Confederações-2013. Pelo texto, não há necessidade de registro, e sua validade é por tempo indeterminado.
O projeto prevê que ficam proibidos o uso dessas marcas, assim como os símbolos relacionados ao Mundial, por empresas ou pessoas físicas para fins comerciais. As punições serão definidas em futuro regulamento da legislação. O problema é que o texto proposto pode ferir ao menos um registro já constituído no Instituto Nacional de Propriedade Industrial. A marca Copa está registrada pela Nissin-Ajinomoto.
Além da Fifa, a CBF também ganha direitos exclusivos sobre sete expressões relacionadas à seleção brasileira. Entre elas, estão "Equipe Canarinho".
Ainda há a previsão de municípios terem de "limpar" as zonas em volta dos estádios para que seja evitado que empresas façam propaganda nos entornos durante a Copa. Essa é outra exigência da Fifa.
O projeto, de autoria do senador Valdir Raupp (PMDB-RO), foi feito em abril de 2009.
Em sua justificativa da proposta, o senador diz que o objetivo é proteger a Fifa do marketing de emboscada. E ressaltou que ela segue as "recomendações propostas pela Fifa". (RM)


Texto Anterior: Saiba mais: Entidade fez 571 pedidos desde 1978
Próximo Texto: Eu vi primeiro: Termo "Copa" foi registrado em 1985 para alimentos
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.