ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

Uma cesta nos segundos finais ceifou o sonho do Franca de conquistar a Liga Sul-Americana de 1998. A partir de hoje, a base do Uberlândia tenta vingar aquela derrota contra o mesmo Atenas, na decisão da Liga deste ano.
O primeiro confronto da série melhor de cinco acontece a partir das 20h, na cidade mineira.
O Atenas, de Córdoba (Argentina), ganhou seu último título do torneio justamente contra o Franca. "Aquela derrota foi muito doída, traumática. Perdemos o jogo por causa de um arremesso de três pontos no final", lembra Hélio Rubens, que dirigia o Franca e agora é técnico do Uberlândia.
O arremesso certeiro foi do norte-americano Steve Edwards, que fechou a disputa em 78 a 75. "Agora estamos confiantes. Queremos dar o troco", diz Rubens.
Daquele time também faziam parte o armador Helinho e o ala Rogério, que hoje buscam erguer a taça pelo clube mineiro.
O atual elenco do Atenas, quarto colocado no Argentino, também conta com campeões de 1998: o ala-armador Hector Campana, 39, e o pivô Diego Osella, 34.
"Ganhar do Franca na casa deles foi grandioso. Somos velhos rivais, conhecemos o estilo de Hélio Rubens, Helinho, Rogério... Será um prazer revê-los na final", diz Campana, que pretende repetir a longevidade de um brasileiro.
"Sou igual ao Oscar. Quero jogar ainda mais alguns anos", afirma o ala-armador, que defendeu a seleção argentina até 1997.
Nas equipes, a maior preocupação é com a seqüência de jogos -ambas estão nos Nacionais- e com o desgaste das viagens.
"Estamos jogando praticamente todos os dias. Não dá tempo de treinar, nem de recuperar jogadores com lesão", diz Hélio Rubens.
O treinador ganhou problemas adicionais nos últimos dias. O ala Cambraia e o pivô Brasília sentiram estiramento muscular na panturrilha na viagem para Sunchales, onde o Uberlândia jogou a semifinal. Os dois são dúvidas.
Na Argentina, uma virose derrubou Wanderson e Rogério, que estarão na equipe hoje. No banco, Hélio Rubens terá o ala-pivô Juliano, que ainda se recupera de uma cirurgia no joelho.
Mesmo quem não se machucou reclama. "Nas horas vagas eu durmo. Não dá para fazer mais nada", diz o armador Valtinho.
A viagem a Uberlândia é o principal temor do elenco Atenas, que saiu da Argentina ontem pela manhã e só chegaria à noite a Minas.