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FUTEBOL
Depois de 30 jogos de invencibilidade na Libertadores, São Paulo perde em casa para o Chivas e complica classificação
Derrota retorna ao Morumbi após 19 anos
DA REPORTAGEM LOCAL
Contra um adversário sem medo, o São Paulo perdeu uma invencibilidade de 30 jogos no Morumbi pela Taça Libertadores. O
Chivas ganhou por 2 a 1, ontem,
completando dois sucessos seguidos diante dos brasileiros.
A última derrota são-paulina no
estádio pelo torneio continental
fora em 1987, para o chileno Colo-Colo, por 2 a 1, em campanha desastrosa. Em 1994, o Morumbi silenciou na final da Libertadores,
mas o São Paulo ganhou a o jogo
-e caiu depois nos pênaltis.
Até ontem, o time tinha série de
sete vitórias pela competição. No
histórico de 50 jogos, o retrospecto é de 37 vitórias, oito empates e
apenas quatro derrotas.
Com o resultado, a equipe se
manteve na segunda posição no
Grupo 1, mas se distanciou dos
mexicanos . São seis pontos contra dez do líder.
Como não haverá mais confronto direto, o São Paulo deverá
lutar pela segunda colocação, em
jogos contra Caracas, com quatro
pontos, e Cienciano, com três.
Desde o início, os brasileiros enfrentaram um cenário diferente
das outras partidas internacionais
no Morumbi. Ao contrário de outros adversários, o Chivas não entrou apenas para se defender.
Tanto que os mexicanos tiveram quase a mesma posse de bola
dos brasileiros no primeiro tempo. O Chivas deu 112 passes, contra 142 do São Paulo.
E, com a obrigação de ser mais
ofensivo, o time paulista se expunha mais na defesa, principalmente nas laterais. Júnior e Leandro avançavam bastante e deixavam espaços atrás.
Os mexicanos souberam aproveitar a falha, tanto que fizeram 14
cruzamentos no primeiro tempo
contra 12 dos brasileiros. E o Chivas desperdiçou algumas chances
na frente de Rogério Ceni.
No total, o São Paulo até concluiu mais nesta etapa, sete contra
cinco. Mas suas finalizações eram
mais pressionadas pelos zagueiros mexicanos, em boa atuação.
Foi assim que Aloísio abriu o
placar, aos 33min. Danilo tocou
para Leandro, que perdeu a bola.
Mas a sobra foi completada por
um voleio certeiro de Aloísio.
O São Paulo ainda deixava ainda mais vazios nas laterais. Foi pela direita que Bautista recebeu livre e cruzou para Santana empatar de cabeça, aos 45min.
Pouco antes do intervalo, o jogo
tornou-se mais nervoso. Trocas
de cotoveladas e empurrões nas
bolas altas nas áreas se tornaram
uma constante. Fabão e Lugano
eram os mais nervosos.
O clima tenso continuou no segundo tempo. Diante do forte
bloqueio mexicano, o São Paulo
insistia em jogadas pelo alto.
Até o final do jogo, Reynoso tirou vários cruzamentos, principalmente após a expulsão do mexicano Bravo. Apesar de ter um
jogador de vantagem, o time brasileiro continuou desnorteado. E
seus defensores pareciam mais
preocupados em brigar.
Em pane da defesa são-paulina,
um cruzamento da direita encontrou Martínez livre no meio da
área. Ele driblou Rogério Ceni e
tocou para o gol vazio, aos 36min.
O São Paulo tentou atacar com
quatro atacantes, com Lima e
Alex Dias. Mas não deu certo.
O silêncio da torcida mostrou
que o resultado também abala a
equipe para o Paulista -o time,
que disputa o título com o Santos,
faz o último e decisivo jogo no domingo, contra o Ituano.
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