São Paulo, quinta-feira, 06 de abril de 2006

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FUTEBOL

Depois de 30 jogos de invencibilidade na Libertadores, São Paulo perde em casa para o Chivas e complica classificação

Derrota retorna ao Morumbi após 19 anos

DA REPORTAGEM LOCAL

Contra um adversário sem medo, o São Paulo perdeu uma invencibilidade de 30 jogos no Morumbi pela Taça Libertadores. O Chivas ganhou por 2 a 1, ontem, completando dois sucessos seguidos diante dos brasileiros.
A última derrota são-paulina no estádio pelo torneio continental fora em 1987, para o chileno Colo-Colo, por 2 a 1, em campanha desastrosa. Em 1994, o Morumbi silenciou na final da Libertadores, mas o São Paulo ganhou a o jogo -e caiu depois nos pênaltis.
Até ontem, o time tinha série de sete vitórias pela competição. No histórico de 50 jogos, o retrospecto é de 37 vitórias, oito empates e apenas quatro derrotas.
Com o resultado, a equipe se manteve na segunda posição no Grupo 1, mas se distanciou dos mexicanos . São seis pontos contra dez do líder.
Como não haverá mais confronto direto, o São Paulo deverá lutar pela segunda colocação, em jogos contra Caracas, com quatro pontos, e Cienciano, com três.
Desde o início, os brasileiros enfrentaram um cenário diferente das outras partidas internacionais no Morumbi. Ao contrário de outros adversários, o Chivas não entrou apenas para se defender.
Tanto que os mexicanos tiveram quase a mesma posse de bola dos brasileiros no primeiro tempo. O Chivas deu 112 passes, contra 142 do São Paulo.
E, com a obrigação de ser mais ofensivo, o time paulista se expunha mais na defesa, principalmente nas laterais. Júnior e Leandro avançavam bastante e deixavam espaços atrás.
Os mexicanos souberam aproveitar a falha, tanto que fizeram 14 cruzamentos no primeiro tempo contra 12 dos brasileiros. E o Chivas desperdiçou algumas chances na frente de Rogério Ceni.
No total, o São Paulo até concluiu mais nesta etapa, sete contra cinco. Mas suas finalizações eram mais pressionadas pelos zagueiros mexicanos, em boa atuação.
Foi assim que Aloísio abriu o placar, aos 33min. Danilo tocou para Leandro, que perdeu a bola. Mas a sobra foi completada por um voleio certeiro de Aloísio.
O São Paulo ainda deixava ainda mais vazios nas laterais. Foi pela direita que Bautista recebeu livre e cruzou para Santana empatar de cabeça, aos 45min.
Pouco antes do intervalo, o jogo tornou-se mais nervoso. Trocas de cotoveladas e empurrões nas bolas altas nas áreas se tornaram uma constante. Fabão e Lugano eram os mais nervosos.
O clima tenso continuou no segundo tempo. Diante do forte bloqueio mexicano, o São Paulo insistia em jogadas pelo alto.
Até o final do jogo, Reynoso tirou vários cruzamentos, principalmente após a expulsão do mexicano Bravo. Apesar de ter um jogador de vantagem, o time brasileiro continuou desnorteado. E seus defensores pareciam mais preocupados em brigar.
Em pane da defesa são-paulina, um cruzamento da direita encontrou Martínez livre no meio da área. Ele driblou Rogério Ceni e tocou para o gol vazio, aos 36min.
O São Paulo tentou atacar com quatro atacantes, com Lima e Alex Dias. Mas não deu certo.
O silêncio da torcida mostrou que o resultado também abala a equipe para o Paulista -o time, que disputa o título com o Santos, faz o último e decisivo jogo no domingo, contra o Ituano.


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