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Mediocridade embola Paulista
Torneio decide na última rodada vantagem nas finais, 2 vagas nas semifinais e 3 clubes rebaixados
No atual formato do torneio, em vigor desde 2005, nunca a distância que separa a melhor equipe da primeira fase e o pior foi tão pequena
PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Vai ser uma rodada de arrepiar, com só um jogo (Marília x
Rio Claro) que não vale nada.
Diferentemente de 2007,
quando o Campeonato Paulista
chegou à última rodada da fase
de classificação com as três primeiras posições definidas, a
disputa hoje é generalizada.
Tanta emoção se deve à mediocridade dos 20 times que
disputam o Paulista-2008, que
encerra hoje sua primeira fase
com todos os dez jogos começando às 16h -a federação promete multar quem atrasar de
forma deliberada suas partidas.
Palmeiras, Guaratinguetá (já
classificados) e São Paulo lutam pela liderança, que dá vantagem de quatro empates na fase final. Ponte Preta, Corinthians e Barueri -além do próprio São Paulo- decidem duas
vagas nas semifinais.
Na parte de baixo da tabela, 3
das 4 vagas do rebaixamento
ainda estão em aberto, contra
duas da última edição na jornada derradeira.
Todo o torneio do interior
ainda está indefinido. E ainda
há disputa por vagas na Série C
do Campeonato Brasileiro.
No formato de turno único
com todos se enfrentando, iniciado em 2005, nunca a distância entre o melhor e o pior do
Paulista foi tão pequena.
Na melhor das hipóteses, 27
pontos vão separar o líder da fase do lanterna. Nos últimos três
anos, essa diferença nunca foi
menor do que 33 pontos. Ela
chegou a 45 no ano passado.
Com os 40 pontos que Palmeiras e Guaratinguetá podem
atingir, ficariam na quarta posição no ano passado. O lanterna
Rio Claro pode terminar com
seis pontos a mais do que o Santo André, o pior de 2007.
Mas há outros números que
expõem a fragilidade do torneio: nenhum dos 20 times
consegue ultrapassar a média
de dois gols marcados por jogo
-entre 2005 e 2007, seis clubes superaram essa barreira.
A pobreza ofensiva do campeonato salta aos olhos -a média de gols é a pior do Paulista
nos últimos dez anos.
E o público continua a fazer
pouco caso do mais antigo Estadual do país. A média de torcedores não passa de 6.300 pagantes por partida.
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