São Paulo, domingo, 06 de abril de 2008

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Santistas sem ritmo pegam a Ponte

Reservas que quase não atuam, fora Kléber Pereira, estão em jogo final para preservar Taça Libertadores

RODRIGO MATTOS
ENVIADO ESPECIAL A SANTOS

Obrigação, dignidade e responsabilidade. Essas foram algumas das palavras usadas por diretoria, comissão técnica e atletas do Santos para explicar a razão pela qual o time lutará pela vitória, contra a Ponte Preta, hoje, na Vila Belmiro. Por estar desclassificado, o resultado só interessa ao Corinthians.
Mas nem sempre é questão de vontade. Além de quase toda reserva, exceção de Kléber Pereira, o time santista que joga hoje tem pouco ritmo de jogo.
Não tinha como ser diferente já que o Santos tem duelo decisivo contra o Chivas pela Libertadores, na quarta-feira. Assim, 16 atletas tinham viagem marcada para o México ontem.
Entre os titulares de hoje, cada um atuou em média 6,2 partidas no ano. O Santos disputou 22 confrontos em 2008. Pereira esteve presente em 19 deles.
De resto, Tabata e Carleto têm 11 e 10 jogos, respectivamente. E em boa parte deles começaram no banco. Os outros fizeram menos de seis jogos. Ou seja, oito não entraram nem em metade dos confrontos.
"Reserva joga sempre no treino. Se fosse assim, reserva não era solução, era problema. Reserva tem que ser solução quando entra", disse o técnico.
Mas há atletas que nem passaram pelo crivo de Leão. É o caso do volante Húdson. Questionado sobre o jogador, o treinador revelou ter pouco a dizer.
"Sei muito pouco. O técnico [das divisões de base] disse que tem boa impulsão, marcação. É o que se deseja em um volante."
A única partida de Húdson no profissional foi em 2007. O goleiro Douglas estréia.
Entre os que jogam, fora Kléber Pereira, só Tabata e Quiñonez já fizeram gols com a camisa do clube. O artilheiro do time tem 12 gols, por isso irá lutar pela artilharia do Paulista.
Leão diz que o time de hoje pode ser o Santos do futuro. Quer dizer que há jogadores em ascensão. E lembra que Kléber e Domingos, por exemplo, já estavam suspensos. Além de contusão leve em Fábio Costa.
"Tem três zagueiros de 1,90 m lá atrás. Você acha que é fácil fazer gol ali?", indagou, sobre Fabão, Marcelo e Evaldo.
A verdade é que Leão, antes de escalar reservas, conversou com o presidente Marcelo Teixeira. Ambos concordaram que era o melhor para o clube poupar os titulares. "Não podemos creditar isso ao Santos. O Corinthians é que está nesta situação por sua conta", afirmou Teixeira, que, antes, pregou a "responsabilidade" do clube.
Se o Santos tem jogadores que pouco atuaram, a Ponte Preta terá quase todos os titulares em campo hoje, com exceção do atacante Marcelo Soares, contundido. O ataque terá Luís Ricardo e Wanderley.
Com 34 pontos, a Ponte Preta luta pela vitória para garantir a classificação às semifinais sem depender de ninguém.


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