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Santistas sem ritmo pegam a Ponte
Reservas que quase não atuam, fora Kléber Pereira, estão em jogo final para preservar Taça Libertadores
RODRIGO MATTOS
ENVIADO ESPECIAL A SANTOS
Obrigação, dignidade e responsabilidade. Essas foram algumas das palavras usadas por
diretoria, comissão técnica e
atletas do Santos para explicar
a razão pela qual o time lutará
pela vitória, contra a Ponte Preta, hoje, na Vila Belmiro. Por
estar desclassificado, o resultado só interessa ao Corinthians.
Mas nem sempre é questão
de vontade. Além de quase toda
reserva, exceção de Kléber Pereira, o time santista que joga
hoje tem pouco ritmo de jogo.
Não tinha como ser diferente
já que o Santos tem duelo decisivo contra o Chivas pela Libertadores, na quarta-feira. Assim,
16 atletas tinham viagem marcada para o México ontem.
Entre os titulares de hoje, cada um atuou em média 6,2 partidas no ano. O Santos disputou
22 confrontos em 2008. Pereira esteve presente em 19 deles.
De resto, Tabata e Carleto
têm 11 e 10 jogos, respectivamente. E em boa parte deles começaram no banco. Os outros
fizeram menos de seis jogos. Ou
seja, oito não entraram nem em
metade dos confrontos.
"Reserva joga sempre no
treino. Se fosse assim, reserva
não era solução, era problema.
Reserva tem que ser solução
quando entra", disse o técnico.
Mas há atletas que nem passaram pelo crivo de Leão. É o
caso do volante Húdson. Questionado sobre o jogador, o treinador revelou ter pouco a dizer.
"Sei muito pouco. O técnico
[das divisões de base] disse que
tem boa impulsão, marcação. É
o que se deseja em um volante."
A única partida de Húdson
no profissional foi em 2007. O
goleiro Douglas estréia.
Entre os que jogam, fora Kléber Pereira, só Tabata e Quiñonez já fizeram gols com a camisa do clube. O artilheiro do time
tem 12 gols, por isso irá lutar
pela artilharia do Paulista.
Leão diz que o time de hoje
pode ser o Santos do futuro.
Quer dizer que há jogadores em
ascensão. E lembra que Kléber
e Domingos, por exemplo, já estavam suspensos. Além de contusão leve em Fábio Costa.
"Tem três zagueiros de 1,90
m lá atrás. Você acha que é fácil
fazer gol ali?", indagou, sobre
Fabão, Marcelo e Evaldo.
A verdade é que Leão, antes
de escalar reservas, conversou
com o presidente Marcelo Teixeira. Ambos concordaram que
era o melhor para o clube poupar os titulares. "Não podemos
creditar isso ao Santos. O Corinthians é que está nesta situação por sua conta", afirmou
Teixeira, que, antes, pregou a
"responsabilidade" do clube.
Se o Santos tem jogadores
que pouco atuaram, a Ponte
Preta terá quase todos os titulares em campo hoje, com exceção do atacante Marcelo Soares, contundido. O ataque terá Luís Ricardo e Wanderley.
Com 34 pontos, a Ponte Preta luta pela vitória para garantir
a classificação às semifinais
sem depender de ninguém.
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