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São Paulo, terça-feira, 06 de maio de 2003

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Técnico gremista afirma que ficará no Sul por causa da Libertadores, e são-paulinos elegem Muricy Ramalho, do Internacional, como sua 1ª opção para a vaga de Oswaldo de Oliveira

Tite diz não, e São Paulo lista outros 15 nomes para o time

Fernando Santos/Folha Imagem
Roberto Rojas (esq.), técnico interino que disse que vai pedir auxílio ao meia Ricardinho (dir.) e ao goleiro Rogério para comandar o São Paulo contra o Goiás


JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
MARÍLIA RUIZ
DA REPORTAGEM LOCAL

Tite, um dos nomes preferidos da diretoria do São Paulo para assumir o time, declinou antes mesmo de receber o convite.
O técnico do Grêmio afirmou ontem que não pretende deixar a equipe gaúcha, que disputa uma vaga nas quartas-de-final da Libertadores-2003. Por intermédio da assessoria de imprensa gremista, ele disse ter ficado "honrado ao saber do interesse [são-paulino]", mas acrescentou que no momento seu foco é a Libertadores. ""É meu grande objetivo hoje."
O vice de futebol do Grêmio, Luiz Eurico Vallandro, também negou que haja interesse do clube gaúcho na saída do técnico.
"O Tite tem contrato conosco e não queremos rescindi-lo", afirmou. "Temos um ambiente tranquilo de trabalho e não queremos acabar com isso. Não sabemos de nenhuma proposta oficial do São Paulo, e o Tite também não nos procurou [para falar sobre um possível convite]."
Ao saber das declarações de Tite, o presidente do São Paulo, Marcelo Portugal Gouvêa, disse, em entrevista à rádio Bandeirantes, que tinha uma lista com 15 nomes de treinadores para ser discutida com sua diretoria.
Com a negativa do gremista, a preferência da cúpula são-paulina recaiu sobre Muricy Ramalho, do Internacional, líder isolado do Brasileiro-2003. O técnico, que já chegou a comandar a equipe do Morumbi, disse não ter sido procurado, mas demonstrou interesse em ocupar a vaga deixada pelo demitido Oswaldo de Oliveira.
"Estou muito contente aqui no Sul, mas é muito importante voltar a treinar uma equipe como o São Paulo. Meu contrato tem, sim, uma multa rescisória, mas tenho pessoas autorizadas para resolver isso", declarou Muricy, ex-auxiliar técnico de Telê Santana.
Outro que dedicou atenção ao cargo foi Emerson Leão, campeão brasileiro pelo Santos.
Indagado se poderia dirigir o São Paulo, afirmou considerar a possibilidade remota, embora a considere "interessante".
Os nomes do ex-zagueiro Oscar, cujo último trabalho como treinador foi no Oriente Médio, e do ex-atacante Casagrande, comentarista da Rede Globo, também foram lembrados no Morumbi.
Oscar esteve no estádio onde o São Paulo ganhou do Figueirense domingo, negou que tivesse sido procurado por dirigentes, mas se mostrou empolgado com os rumores de que pode ser contratado. O técnico voltou há vinte dias da Arábia Saudita e também foi sondado para trabalhar no Japão.
Contra o ex-zagueiro, pesa o fato de ele já ter dirigido a equipe de juniores, de onde saiu demitido depois de um vice-campeonato.
Numa rápida enquete feita com conselheiros são-paulinos durante a partida de anteontem, além de Tite, os outros dois técnicos mais citados foram Ricardo Gomes, que está na seleção olímpica, e Cilinho, responsável pelas categorias de base do clube.
O primeiro teria que deixar seu emprego na CBF, e o segundo poderia ser usado como tampão até julho, quando os dirigentes acreditam que a contratação de um técnico consagrado pode ser mais fácil após o final da Copa do Brasil e da Taça Libertadores.
Alheio à movimentação da cúpula são-paulina, o demitido Oswaldo de Oliveira está recluso em seu apartamento no Rio e sinaliza com uma entrevista coletiva até o final da semana.


Colaborou Fernando Mello, do Painel FC


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