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Técnico gremista afirma que ficará no Sul por causa da Libertadores, e são-paulinos elegem Muricy Ramalho, do Internacional, como sua 1ª opção para a vaga de Oswaldo de Oliveira
Tite diz não, e São Paulo lista outros 15 nomes para o time
Fernando Santos/Folha Imagem
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Roberto Rojas (esq.), técnico interino que disse que vai pedir auxílio ao meia Ricardinho (dir.) e ao goleiro Rogério para comandar o São Paulo contra o Goiás |
JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
MARÍLIA RUIZ
DA REPORTAGEM LOCAL
Tite, um dos nomes preferidos
da diretoria do São Paulo para assumir o time, declinou antes mesmo de receber o convite.
O técnico do Grêmio afirmou
ontem que não pretende deixar a
equipe gaúcha, que disputa uma
vaga nas quartas-de-final da Libertadores-2003. Por intermédio
da assessoria de imprensa gremista, ele disse ter ficado "honrado ao
saber do interesse [são-paulino]",
mas acrescentou que no momento seu foco é a Libertadores. ""É
meu grande objetivo hoje."
O vice de futebol do Grêmio,
Luiz Eurico Vallandro, também
negou que haja interesse do clube
gaúcho na saída do técnico.
"O Tite tem contrato conosco e
não queremos rescindi-lo", afirmou. "Temos um ambiente tranquilo de trabalho e não queremos
acabar com isso. Não sabemos de
nenhuma proposta oficial do São
Paulo, e o Tite também não nos
procurou [para falar sobre um
possível convite]."
Ao saber das declarações de Tite, o presidente do São Paulo,
Marcelo Portugal Gouvêa, disse,
em entrevista à rádio Bandeirantes, que tinha uma lista com 15
nomes de treinadores para ser
discutida com sua diretoria.
Com a negativa do gremista, a
preferência da cúpula são-paulina
recaiu sobre Muricy Ramalho, do
Internacional, líder isolado do
Brasileiro-2003. O técnico, que já
chegou a comandar a equipe do
Morumbi, disse não ter sido procurado, mas demonstrou interesse em ocupar a vaga deixada pelo demitido Oswaldo de Oliveira.
"Estou muito contente aqui no
Sul, mas é muito importante voltar a treinar uma equipe como o
São Paulo. Meu contrato tem,
sim, uma multa rescisória, mas tenho pessoas autorizadas para resolver isso", declarou Muricy, ex-auxiliar técnico de Telê Santana.
Outro que dedicou atenção ao
cargo foi Emerson Leão, campeão
brasileiro pelo Santos.
Indagado se poderia dirigir o
São Paulo, afirmou considerar a
possibilidade remota, embora a
considere "interessante".
Os nomes do ex-zagueiro Oscar,
cujo último trabalho como treinador foi no Oriente Médio, e do ex-atacante Casagrande, comentarista da Rede Globo, também foram
lembrados no Morumbi.
Oscar esteve no estádio onde o
São Paulo ganhou do Figueirense
domingo, negou que tivesse sido
procurado por dirigentes, mas se
mostrou empolgado com os rumores de que pode ser contratado. O técnico voltou há vinte dias
da Arábia Saudita e também foi
sondado para trabalhar no Japão.
Contra o ex-zagueiro, pesa o fato de ele já ter dirigido a equipe de
juniores, de onde saiu demitido
depois de um vice-campeonato.
Numa rápida enquete feita com
conselheiros são-paulinos durante a partida de anteontem, além
de Tite, os outros dois técnicos
mais citados foram Ricardo Gomes, que está na seleção olímpica,
e Cilinho, responsável pelas categorias de base do clube.
O primeiro teria que deixar seu
emprego na CBF, e o segundo poderia ser usado como tampão até
julho, quando os dirigentes acreditam que a contratação de um
técnico consagrado pode ser mais
fácil após o final da Copa do Brasil
e da Taça Libertadores.
Alheio à movimentação da cúpula são-paulina, o demitido Oswaldo de Oliveira está recluso em
seu apartamento no Rio e sinaliza
com uma entrevista coletiva até o
final da semana.
Colaborou Fernando Mello, do Painel FC
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