São Paulo, domingo, 06 de maio de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Treinador se acerta com torcida, e time faz rachão em clima de festa

TONI ASSIS
ENVIADO ESPECIAL A ATIBAIA

Uma espécie de comum acordo entre o técnico Vanderlei Luxemburgo e a torcida santista arrefeceu ontem em Atibaia o conturbado clima do time.
Na última atividade dos jogadores antes da final do Paulista, um ônibus trazendo 60 torcedores de uma organizada chegou ao hotel em que o clube estava concentrado no interior de São Paulo. Com bandeirões e instrumentos, foram incentivar o grupo, que hoje precisa da vitória e de uma diferença de dois gols sobre o São Caetano para ser campeão no Morumbi.
Segundo Anderson da Silva, 30, integrante da Torcida Jovem, o contato com o treinador santista aconteceu logo após o jogo da Libertadores -na última quarta-feira, o time empatou em 2 a 2 com o Caracas na Venezuela e perdeu os 100% de aproveitamento que detinha na competição continental.
"Pedimos ao Luxemburgo para vir ao treino, e ele nos incentivou. Falou que gostou muito da idéia", disse Silva.
A torcida entoou cantos de apoio, apesar da situação adversa que o time enfrenta para decidir o Estadual e da polêmica formada entre Luxemburgo e atletas dispensados.
O alambrado que cercava o gramado logo foi tomado por grandes bandeiras. Questionado se a torcida pensava em fazer também algum tipo de protesto, Silva disse que o Santos, no momento, precisa de união.
"Não podemos fazer isso. A equipe fez um bom papel na Libertadores e está a um jogo de ser bicampeão paulista. Mas queremos ver durante todo o jogo a disposição mostrada no segundo tempo contra o São Caetano", afirmou o torcedor.
O auxiliar técnico Serginho Chulapa gostou da chegada da torcida e disse que toda ajuda extra é bem-vinda numa hora dessas. "O apoio é sempre muito importante. O jogador precisa sentir esse incentivo. Esse barulho é melhor do que o silêncio", brincou o ex-atacante.
O zagueiro Ávalos falou que o comportamento da torcida acabou sendo uma extensão do retorno da equipe da Venezuela. "No aeroporto, os torcedores nos incentivaram pelo empate fora de casa. Essa manifestação aqui mostra que teremos um apoio grande no estádio."
Ao final do trabalho, a tietagem tomou conta dos hóspedes e torcedores. O mais requisitado para autógrafos e fotos era justamente o pivô das últimas confusões: Luxemburgo.


Texto Anterior: Título é chave para diretoria santista abafar insurreição
Próximo Texto: Camisa: Líder de 2006 agora perde para a 10
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.