Rival repete esquema e põe "sombra" em Zé Roberto

DA REPORTAGEM LOCAL
E DO ENVIADO A ATIBAIA

No lugar da afobação, tranqüilidade. Contra a insegurança, muita personalidade.
Quem espera o Santos afoito desde o primeiro minuto de jogo em busca do gol pode ter uma surpresa hoje no Morumbi na decisão do Paulista-2007 diante do São Caetano.
O discurso dos jogadores mostrou um elenco preocupado em não cair na armadilha de ir para cima com tudo sob o risco de levar um gol do rival e colocar tudo a perder.
"O time precisa ter é atitude, mas não pode se mandar feito louco. O São Caetano tem um contra-ataque forte. Sabemos que ele será utilizado se dermos brecha", disse o zagueiro Ávalos, cotado para atuar na zaga.
Para Serginho Chulapa, auxiliar de Luxemburgo, o jogo não se resume ao seu início. "São 90 minutos. O mais importante é o jogador ter personalidade. Saber da sua capacidade", falou.
Em meio ao clima de festa, o atacante Marcos Aurélio falou que o time está focado. "Conversamos e sabemos que 2 a 0 não é um resultado anormal. A partir daí, a tranqüilidade vai ajudar para conseguirmos fazer o que foi combinado."
O caminho para a vitória santista ou para o sucesso do São Caetano deve passar, de qualquer maneira, pelo desempenho de Zé Roberto. "Quando um jogador se destaca, chama a atenção dos outros times, que fazem essa marcação. E aí a solução é o restante do time se mexer mais, aproveitar os espaços deixados", diz o camisa 10.
Hoje, a "sombra" de Zé Roberto deverá ser Glaydson. Suspenso no primeiro jogo, ele deu lugar a Galiardo, que foi quem grudou no astro santista.
Mesmo se não conseguir seguir o conselho do meia, o Santos deverá ter postura diferente em relação à mostrada na derrota por 2 a 0 no primeiro jogo.
Com o desfalque na lateral direita de Denis e sem ter outro atleta da posição, a opção para o setor pode ser improvisar Maldonado ou escalar Dionísio.
Caso Luxemburgo desloque o chileno, o Santos terá de remontar seu meio-campo, com Rodrigo Souto recuado e Cléber Santana como volante -o artilheiro do Santos no Paulista também sofreu marcação especial nas semifinais e na primeira partida da decisão, assim como ocorreu com Zé Roberto.
Outro problema é o ataque. Pedrinho, Rodrigo Tabata, Jonas são as opções para fazer dupla com Marcos Aurélio.
No São Caetano, o técnico Dorival Júnior não faz mistério. Além de Glaydson, o meia Canindé, que cumpriu suspensão, tem retorno certo. "O time que vai jogar é o mesmo de todo o campeonato. Não posso ser incoerente de mudá-lo agora." (JULYANA TRAVAGLIA, PAULO GALDIERI E TONI ASSIS)

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