São Paulo, terça-feira, 06 de maio de 2008

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VÔLEI

Desafio olímpico


O levantamento e o meio da rede são os dois pontos frágeis da seleção masculina, que tenta se manter no topo

CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA

A CADA nova temporada, a pergunta se renova: será que a seleção brasileira masculina, atual campeã olímpica e bicampeã mundial, conseguirá se manter no topo do vôlei mundial? Neste ano o desafio é a Olimpíada de Pequim, e o time tem dois pontos mais frágeis.
O primeiro desses pontos é no meio da rede. Rodrigão, titular da seleção, sofreu uma operação no ligamento cruzado do joelho esquerdo. A luta do atacante é para se recuperar a tempo de disputar os Jogos.
Vai ser difícil. Não por acaso, Bernardinho relacionou seis centrais na lista de 19 convocados para a Liga Mundial. Além de Gustavo, André Heller e Rodrigão, o técnico chamou três novatos em seleção: Sidão, 25 anos e 2,03 m, Éder, 24 anos e 2,04 m, e Lucas, 22 anos e 2,09 m.
Ou seja, caso Rodrigão não possa ir a Pequim, o Brasil terá como única opção de central no banco de reservas um jogador com pouca experiência em seleção. Ok, na Liga Mundial, eles terão chances de jogar e se entrosar um pouco mais com o time. Mas uma Olimpíada é bem diferente de uma Liga. Outro ponto frágil, e razão de todas as incógnitas sobre a seleção, é o levantamento. Sem Ricardinho, infelizmente descartado mesmo por Bernardinho, Marcelinho assume de vez a posição de titular. Bruninho, 21 anos e 1,90 m, será o reserva.
Marcelinho tem um jogo mais cadenciado, distante da velocidade que Ricardinho impunha ao time. Bruninho tem um estilo mais próximo ao de Ricardinho, mas ainda tem pouca experiência com a seleção principal. Foi reserva de Marcelinho no Pan e na Copa do Mundo.
Se Marcelinho não estiver bem em algum jogo da Olimpíada, será que Bruninho vai ter maturidade suficiente para entrar em quadra e conseguir jogar tudo o que sabe? Levantador é uma posição que exige experiência. E Olimpíada é uma pressão enorme, diferente de qualquer outro torneio.
Talvez pela preocupação com o levantamento, Bernardinho convocou duas novidades, Nalbert e Manius, dois ponteiros que têm em comum um passe perfeito.

QUEM GANHOU
Dos 14 jogadores da lista de Bernardinho que atuam no exterior, apenas um, o líbero Alan, foi campeão pelo seu clube. O time de Alan, o Dínamo de Moscou, derrotou o Odintsovo, equipe de Giba, na decisão do Campeonato Russo. Marcelinho e Dante foram vice-campeões na Grécia.

ITALIANO
O líbero Escadinha, do Piacenza, é o único da seleção que ainda tem chances também de ser campeão.
Nos dois jogos contra o Trentino, pela final do Campeonato Italiano, o Piacenza acumula uma vitória e uma derrota. O próximo confronto acontece amanhã.

cidasan@uol.com.br


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