São Paulo, quinta-feira, 06 de maio de 2010

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Centenário passa de caro a melancólico

Rubens Cavallari/Folha Imagem
Tristeza de torcedora do Corinthians no Pacaembu

DA REPORTAGEM LOCAL

A maior preparação e o maior investimento já feitos pelo Corinthians para uma Libertadores não foram suficientes para levar o time além das oitavas.
A diretoria corintiana, por conta do centenário do clube, gastou cerca de R$ 36 milhões para qualificar seu elenco, que custa mensalmente R$ 8 milhões. Jogadores experientes como Ronaldo, Roberto Carlos, Iarley, Danilo e Tcheco foram contratados para acabar com o maior vazio da sala de troféus corintiana.
A eliminação de ontem, de novo na primeira fase do mata-mata (como em 1991, 2003 e 2006), é um considerável abalo na economia corintiana. O time deixou de ganhar cerca de R$ 10 milhões com a queda de ontem, isso sem contar o vultoso valor que abocanharia no Mundial de Clubes no final do ano.
O presidente corintiano, Andres Sanchez, que fez grande lobby na Conmebol já no sorteio dos grupos da Libertadores, disse que não iria ao México.
Conseguiu liberar o Pacaembu com a prefeitura para o estádio receber uma hipotética final com 40 mil torcedores. Estreitou laços com Ricardo Teixeira, presidente da CBF, e é aliado de Marco Polo Del Nero, presidente da FPF, que também tem bom trânsito na Conmebol.
Apesar de todo o trabalho de bastidor e da campanha quase impecável na primeira fase (cinco vitórias e um empate), a equipe cruzou com o Flamengo pela má campanha carioca na fase de grupos.
"Resta chorar a noite inteira e levantar a cabeça. O elenco todo está de parabéns. A torcida apoiou. Quem sabe venha o título brasileiro", falou Andres.
A diretoria admite que não manterá esse investimento para o ano que vem, quando nem a participação na Libertadores está assegurada. (MB, MF E RBU)


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