São Paulo, quinta-feira, 06 de maio de 2010

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Hotel da seleção na África do Sul não está pronto

Equipe de Dunga chegará à concentração, que hoje não exibe condições de "blindar" os jogadores, em três semanas

O excesso de chuvas em Johannesburgo é apontado como o motivo para cerca de 200 operários ainda trabalharem na construção

FÁBIO ZANINI
DE JOHANNESBURGO

A apenas três semanas da chegada da seleção à África do Sul, trabalhadores da obra do hotel que vai abrigar o time de Dunga fazem turno extra para compensar o atraso causado pelas fortes chuvas dos últimos dias em Johannesburgo.
A empresa responsável pela construção do novo hotel Fairway, ao lado de um campo de golfe na cidade, prometeu à CBF entregar a obra até o próximo dia 15. Mas ainda há muito trabalho a ser feito, como pôde comprovar a Folha ontem.
"Eu sei que está parecendo apertado, mas vamos conseguir", disse Christopher Trimble, um dos engenheiros encarregados da obra. "A chuva nos atrasou bastante", afirmou.
Segundo ele, haverá dois pequenos eventos já no fim de semana dos dias 15 e 16, que servirão de "teste" para o hotel.
Abril normalmente é um mês "seco" em Johannesburgo, mas neste ano choveu forte durante vários dias, atrapalhando o cronograma das obras. Para minimizar o atraso, havia ontem cerca de 200 operários atuando na obra. Uns pintavam muros e paredes, outros levavam pedras em carrinhos de mão ou misturavam cimento.
Muitos dos 62 quartos passam apenas pelos retoques finais, mas a entrada do complexo ainda está bastante atrasada. Uma ala separada da parte principal do hotel, onde ficarão alguns apartamentos, também está longe de ser finalizada.
Em vários andaimes de madeira, no que foi descrito por um trabalhador como uma cena parecida com a da construção das pirâmides do Egito, dezenas de operários martelavam e cimentavam a fachada de cerca de dez metros de altura.
O hotel é composto por chalés conectados por uma área gramada, com vista para o campo de golfe de Randpark, um dos mais exclusivos da cidade. Mas um trecho desse gramado ainda é só terra revolta, na qual trabalhava ontem um trator.
Além disso, a barreira pedida por Dunga para poupar a seleção dos olhos dos curiosos e da imprensa também está incompleta. Um alambrado com tela verde separa o hotel do clube de golfe anexo, mas é possível, sem esforço, ver através dela.
E basta andar pelo campo de golfe e atravessar um córrego por uma ponte de madeira para ter uma visão completa da parte de trás do local. Se Dunga quiser privacidade, essa parte também precisará ser cercada.
A seleção deverá chegar à África do Sul no dia 27. No período em que o time estiver por lá, o acesso será controlado.
Dunga quer ambiente oposto ao clima de festa de Weggis, casa do time antes da Copa-2006.


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