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Hotel da seleção na África do Sul não está pronto
Equipe de Dunga chegará à concentração, que hoje não exibe condições de "blindar" os jogadores, em três semanas
O excesso de chuvas em Johannesburgo é apontado como o motivo para cerca
de 200 operários ainda trabalharem na construção
FÁBIO ZANINI
DE JOHANNESBURGO
A apenas três semanas da
chegada da seleção à África do
Sul, trabalhadores da obra do
hotel que vai abrigar o time de
Dunga fazem turno extra para
compensar o atraso causado
pelas fortes chuvas dos últimos
dias em Johannesburgo.
A empresa responsável pela
construção do novo hotel Fairway, ao lado de um campo de
golfe na cidade, prometeu à
CBF entregar a obra até o próximo dia 15. Mas ainda há muito trabalho a ser feito, como pôde comprovar a Folha ontem.
"Eu sei que está parecendo
apertado, mas vamos conseguir", disse Christopher Trimble, um dos engenheiros encarregados da obra. "A chuva nos
atrasou bastante", afirmou.
Segundo ele, haverá dois pequenos eventos já no fim de semana dos dias 15 e 16, que servirão de "teste" para o hotel.
Abril normalmente é um
mês "seco" em Johannesburgo,
mas neste ano choveu forte durante vários dias, atrapalhando
o cronograma das obras. Para
minimizar o atraso, havia ontem cerca de 200 operários
atuando na obra. Uns pintavam
muros e paredes, outros levavam pedras em carrinhos de
mão ou misturavam cimento.
Muitos dos 62 quartos passam apenas pelos retoques finais, mas a entrada do complexo ainda está bastante atrasada. Uma ala separada da parte
principal do hotel, onde ficarão
alguns apartamentos, também
está longe de ser finalizada.
Em vários andaimes de madeira, no que foi descrito por
um trabalhador como uma cena parecida com a da construção das pirâmides do Egito, dezenas de operários martelavam
e cimentavam a fachada de cerca de dez metros de altura.
O hotel é composto por chalés conectados por uma área
gramada, com vista para o campo de golfe de Randpark, um
dos mais exclusivos da cidade.
Mas um trecho desse gramado
ainda é só terra revolta, na qual
trabalhava ontem um trator.
Além disso, a barreira pedida
por Dunga para poupar a seleção dos olhos dos curiosos e da
imprensa também está incompleta. Um alambrado com tela
verde separa o hotel do clube
de golfe anexo, mas é possível,
sem esforço, ver através dela.
E basta andar pelo campo de
golfe e atravessar um córrego
por uma ponte de madeira para
ter uma visão completa da parte de trás do local. Se Dunga
quiser privacidade, essa parte
também precisará ser cercada.
A seleção deverá chegar à
África do Sul no dia 27. No período em que o time estiver por
lá, o acesso será controlado.
Dunga quer ambiente oposto
ao clima de festa de Weggis, casa do time antes da Copa-2006.
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