São Paulo, sexta-feira, 06 de maio de 2011

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Dilma escolhe seu delegado da Copa

2014
José Ricardo Botelho, da PF e da Interpol, terá R$ 1,6 bilhão para tocar secretaria de grandes eventos


NATUZA NERY
FILIPE COUTINHO
DE BRASÍLIA

A presidente Dilma Rousseff decidiu nomear o delegado da Polícia Federal José Ricardo Botelho para cuidar da segurança da Copa-2014.
Representante da Interpol no país, tocará as ações antiterrorismo do Mundial e cuidará de orçamento estimado em R$ 1,6 bilhão até 2014.
Por um acordo entre os ministros do Esporte, Orlando Silva, e da Justiça, José Eduardo Cardozo, Botelho assumirá a Secretaria Especial para Grandes Eventos, órgão que vai ser criado no Ministério da Justiça.
Segundo a Folha apurou, o governo pretende dedicar os próximos meses para tratar das condições de segurança do megaevento, assunto até agora pouco discutido pelo alto escalão.
O orçamento de R$ 1,6 bilhão será utilizado para investir na compra de equipamentos e na capacitação de policiais. A verba para a Copa-14 é o dobro dos US$ 500 milhões (aproximadamente R$ 809 milhões) gastos pelo governo da África do Sul na competição do ano passado.
Botelho terá como principal frente de atuação, durante a realização dos jogos, o Centro de Comando e Controle para a segurança no Mundial -uma parceria do Ministério da Justiça com Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e polícias militar e civil das 12 cidades-sede.
O centro de comando será o responsável por definir os procedimentos de segurança a serem adotados. O órgão irá "interligar" as 12 cidades-sede, para que todos os jogos tenham um efetivo de policiais com o mesmo equipamento e a mesma estrutura.
A segurança durante os jogos atuará em duas frentes.
A primeira será organizar um evento com público esperado superior a 600 mil estrangeiros. A principal dificuldade, até agora diagnosticada pelo governo, é com as cidades-sede, como Brasília, que não estão acostumadas a lidar com grandes eventos futebolísticos, sem estrutura para evitar tumultos e brigas nos arredores dos estádios.
Outra frente é fazer ações antiterroristas e evitar, por exemplo, ataques em massa de traficantes, como aconteceu no Rio no fim de 2010.
Ontem, o ministro do Esporte disse que a segurança da Copa é algo "delicado".
"Segurança é um assunto delicado em qualquer grande evento. Deve ser criada uma secretaria específica para isso, que terá o papel de integrar as forças de segurança das 12 cidades-sede e o trabalho de inteligência", disse Silva, no programa de rádio "Bom dia ministro".


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