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Sem Tite, São Paulo tentará Cerezo
PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL
O São Paulo vai ficar pelo menos
até a próxima semana sem técnico efetivo. A negociação do clube
do Morumbi com Tite melou.
Ontem, após contatos prévios
durante toda a semana, o presidente Marcelo Portugal Gouvêa e
o diretor de futebol Juvenal Juvêncio se reuniram com o ex-treinador do Grêmio, mas a tentativa
de acordo acabou frustrada.
"Fizemos uma proposta, e ele
não aceitou. Uma negociação pode terminar em sim ou em não.
Neste caso, foi em não", declarou
o presidente são-paulino.
Gouvêa se disse surpreso com a
negativa de Tite: "De certa forma,
foi uma resposta surpreendente".
"Já tínhamos acertado um tempo de contrato de 12 meses. O
problema foi o salário. Ele nos fez
uma proposta, e não aceitamos.
Fizemos uma contraproposta, e
ele não aceitou. Aí encerrou.
Quando eu vi o que ele [Tite] havia pedido, eu disse ao Marcelo
que não", afirmou Juvenal Juvêncio, logo após Gouvêa ter declarado que não revelaria a causa para
o acordo não ter sido fechado.
Segundo Juvêncio, a diferença
entre a proposta do clube do Morumbi e o pedido feito pelo ex-treinador gremista foi "enorme".
Essa não foi a primeira vez que
Tite disse não ao São Paulo. Logo
quando seu nome passou a ser cogitado para o cargo, o então técnico do Grêmio emitiu uma nota,
antes mesmo de ser contatado pelos dirigentes são-paulinos. À
época, declarou-se "honrado ao
saber do interesse [são-paulino]",
mas justificou a negativa porque
estava disputando a Taça Libertadores com o clube gaúcho.
Com o insucesso da negociação,
os dirigentes são-paulinos apostam agora na contratação de Toninho Cerezo, atual técnico do
Kashima Antlers. Ele é o último
que restou na lista de pretendidos
do clube -nos primeiros dias
após a saída de Oswaldo de Oliveira, a relação tinha uma quinzena de postulantes à vaga.
"Se frustrar [a negociação] com
o Cerezo, voltaremos à estaca zero", disse Juvêncio.
O diretor de futebol afirmou já
ter feito um contato prévio com o
ex-jogador do São Paulo para
marcar uma "conversa", mas que
voltará a tentar localizá-lo a partir
da próxima segunda-feira, para
desta vez abrir negociações.
Apesar do interesse declarado
do São Paulo em contar com Cerezo, seu anúncio como novo treinador do clube não deve acontecer antes de uma negociação difícil. No Japão, o técnico recebe
aproximadamente US$ 100 mil
mensais, além de ter em seu contrato com o Kashima uma multa
rescisória de US$ 1,5 milhão.
Por enquanto, o chileno Roberto Rojas, que já falava nesta semana em tom de despedida do cargo,
segue no comando do time.
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