São Paulo, segunda-feira, 06 de junho de 2005

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Gaúcho une fãs e críticos, e mãe chora

LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

Com dois gols marcados já no primeiro tempo, ambos de pênalti, Ronaldinho só recebeu manifestações favoráveis da torcida gaúcha e conseguiu unir gremistas, colorados, defensores e detratores do ex-jogador do Grêmio, que deixou o clube por via judicial em 2001.
A mãe do meia-atacante, Miguelina de Assis Moreira, assistiu ao jogo em um camarote do estádio Beira-Rio e chorou quando seu filho fez o primeiro gol.
""Estou emocionada, claro. É bom ele fazer gol aqui em Porto Alegre. A gente sempre se emociona com um gol, mas esse é muito importante, pode abrir caminho para a classificação", disse. "Tudo o que está ocorrendo aqui é bastante gratificante, e é bom saber que as pessoas gostam dele."
Ao lado da avó, estava o menino Diego, 9, filho de Assis -irmão e procurador do jogador. ""Acho que está bom, ainda mais com gols dele", disse o garoto, que joga nas categorias de base do Grêmio.
""Vamos parar de conversa boba. Ronaldinho representa a todos nós. Vocês vão ver: tudo isso vai passar, e ele vai fazer aquilo que já disse estar em seus planos, encerrar a carreira no Grêmio. Essa conversa toda é uma bobagem", comentou Roberto Ligiero, 40, médico e, curiosamente, torcedor do Internacional.
O único momento de animosidade apresentado pela torcida ocorreu pouco depois da metade do primeiro tempo, quando boa parte dos cerca de 50 mil torcedores presentes no estádio vaiou o ala-direito Belletti e pediu a entrada de Cicinho. O curioso é que o são-paulino nem estava no banco.
Quando fez o segundo gol, Ronaldinho se mostrou solidário a Belletti, a pedido de Roque Júnior. No momento da comemoração, abraçou e levantou o colega.
Outro ponto negativo ocorreu quando, antes do início do jogo, os foguetes encomendados pela Federação Gaúcha de Futebol continuaram estourando e visivelmente irritaram o técnico Carlos Alberto Parreira e alguns jogadores. No final do jogo, os foguetes e fogos de artifício voltaram a ser estourados no Beira-Rio.
Obviamente, depois da ótima goleada de 4 a 1, não houve demonstrações de irritação.

Texto Anterior: Estatística: Brasil é o senhor dos pênaltis nas eliminatórias
Próximo Texto: Entra-e-sai vai seguir contra os argentinos
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.