Robinho e Juninho disputam o posto de principal reserva da seleção brasileira

NORMALMENTE, ela é a camisa do goleiro reserva. Há torcidas, na Europa como no Brasil, que reivindicam o número para si. Mas, na Copa-2006, Robinho e Juninho disputam a primazia de ser o 12º jogador da seleção brasileira. Descartada a possibilidade de ficarem entre os 11 -pelo menos para a primeira partida-, é certo que entrarão durante os jogos. Robinho, no lugar de um dos grandalhões -provavelmente, Adriano. Juninho pode fazer vários papéis, desde dar um descanso a Kaká (embora Parreira pareça ter perdido a mania de sacá-lo em todos os jogos) até atuar como volante, entrando no lugar do Zé Roberto ou... de um atacante. Ansiosos por ver na seleção o magnífico Ronaldinho do Barcelona, mais solto e incisivo, alguns torcedores até abrem mão do tão sonhado quarteto. "Culpa" de Juninho. Ele acrescenta tanta categoria quando entra que muitos ficam imaginando quem pode sair para que ele fique. Ronaldo e Adriano acabam aparecendo na lista... Não é sacrilégio. Com mais leveza e fluidez no meio, além de qualidade na marcação, os homens de frente também saem ganhando, sejam eles quantos e quais forem. O quarteto com Robinho fica mais dinâmico; mesmo sem brilhar individualmente, como no último jogo (acertou algumas, errou muitas), ele facilita a vida dos colegas e traz novas preocupações para os adversários. No lugar do Parreira, o que faria eu? Humm... Faria uma tentativa com Emerson, Juninho e Zé Roberto; Kaká, Ronaldinho e Ronaldo (talvez com o ponto-e-vírgula depois de Kaká). Liberando Zé Roberto e Juninho para, alternadamente, jogarem com os laterais e avançarem, cada um a seu modo, no ataque. Robinho poderia entrar a qualquer momento no lugar de Zé Roberto; Adriano, no de Ronaldo. Acabei deixando dois bons atacantes no banco; não briguem comigo! Se treinando eu achasse que o time fica melhor com Juninho e Robinho, daria um jeito de escalar outros para o posto de 12º.

@ - soninha.folha@uol.com.br


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