São Paulo, quarta-feira, 06 de junho de 2007

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Santos desafia história por 4ª decisão

Na Vila Belmiro, time tenta, pela primeira vez em uma semifinal da Libertadores, reverter desvantagem de dois gols

Título do Estadual contra o São Caetano e até vitória de Luxemburgo com o Real Madrid viram incentivo para os atletas diante do Grêmio


JULYANA TRAVAGLIA
ENVIADA ESPECIAL A SANTOS

O caminho do Santos para sua quarta final de Libertadores esbarra em um fator histórico do torneio, iniciado em 1960. Hoje, às 21h45, na Vila Belmiro, o clube alvinegro buscará a façanha que equipes como o tradicional Boca Juniors, cinco vezes campeão da competição, já tentaram, mas não conseguiram: bater o rival em um jogo de volta de semifinal por uma diferença de dois gols. Como perderam o primeiro jogo, em Porto Alegre, há uma semana, por 2 a 0, os santistas precisam de no mínimo dois gols, sem levar nenhum, para levar a disputa para os pênaltis.
Nas 47 edições da Libertadores, nove clubes iniciaram o segundo jogo das semifinais precisando reverter uma diferença de dois tentos. E nenhum deles conseguiu atingir o feito. Para atingir essa meta, os santistas se apóiam em um passado recente. Na primeira final do Paulista deste ano, perderam do São Caetano por 2 a 0. Na volta, repetiram o placar dos rivais e foram campeões. Nesta edição da Libertadores, o Santos também passou pelo mesmo apuro, e em casa.
Contra o Caracas, nas oitavas, o Santos, que empatou na Venezuela por 2 a 2, perdia de 2 a 0. Graças a dois gols de Zé Roberto e um do zagueiro Adaílton, o time virou e seguiu vivo. Na fase seguinte, novo apuro. Contra o time reserva do América do México, o Santos teve de correr dobrado para virar o placar para 2 a 1, também na Vila. Amparado nesse restrospecto, o treinador Vanderlei Luxemburgo acrescenta um outro dado do passado, desta vez pessoal, para manter a esperança. Em 2005, Real Madrid e Real Sociedad empatavam por 1 a 1 quando o jogo foi paralisado, aos 38min do segundo tempo, por conta de uma suspeita de bomba no Santiago Bernabéu.
Os seis minutos finais ficaram para outro dia. E foram nesses seis minutos que Zidane, de pênalti, deu a vitória ao Real. "Essa foi, com certeza, a virada mais difícil da minha carreira", disse Luxemburgo.


Colaborou RENAN CACIOLI, da Reportagem Local


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