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Santos desafia história por 4ª decisão
Na Vila Belmiro, time tenta, pela primeira vez em uma semifinal da Libertadores, reverter desvantagem de dois gols
Título do Estadual contra
o São Caetano e até vitória de Luxemburgo com o Real Madrid viram incentivo para os atletas diante do Grêmio
JULYANA TRAVAGLIA
ENVIADA ESPECIAL A SANTOS
O caminho do Santos para
sua quarta final de Libertadores esbarra em um fator histórico do torneio, iniciado em
1960. Hoje, às 21h45, na Vila
Belmiro, o clube alvinegro buscará a façanha que equipes como o tradicional Boca Juniors,
cinco vezes campeão da competição, já tentaram, mas não
conseguiram: bater o rival em
um jogo de volta de semifinal
por uma diferença de dois gols.
Como perderam o primeiro
jogo, em Porto Alegre, há uma
semana, por 2 a 0, os santistas
precisam de no mínimo dois
gols, sem levar nenhum, para
levar a disputa para os pênaltis.
Nas 47 edições da Libertadores, nove clubes iniciaram o segundo jogo das semifinais precisando reverter uma diferença
de dois tentos. E nenhum deles
conseguiu atingir o feito.
Para atingir essa meta, os
santistas se apóiam em um passado recente. Na primeira final
do Paulista deste ano, perderam do São Caetano por 2 a 0.
Na volta, repetiram o placar
dos rivais e foram campeões.
Nesta edição da Libertadores, o Santos também passou
pelo mesmo apuro, e em casa.
Contra o Caracas, nas oitavas, o Santos, que empatou na
Venezuela por 2 a 2, perdia de 2
a 0. Graças a dois gols de Zé Roberto e um do zagueiro Adaílton, o time virou e seguiu vivo.
Na fase seguinte, novo apuro.
Contra o time reserva do América do México, o Santos teve de
correr dobrado para virar o placar para 2 a 1, também na Vila.
Amparado nesse restrospecto, o treinador Vanderlei Luxemburgo acrescenta um outro
dado do passado, desta vez pessoal, para manter a esperança.
Em 2005, Real Madrid e Real
Sociedad empatavam por 1 a 1
quando o jogo foi paralisado,
aos 38min do segundo tempo,
por conta de uma suspeita de
bomba no Santiago Bernabéu.
Os seis minutos finais ficaram para outro dia. E foram
nesses seis minutos que Zidane, de pênalti, deu a vitória ao
Real. "Essa foi, com certeza, a
virada mais difícil da minha
carreira", disse Luxemburgo.
Colaborou RENAN CACIOLI,
da Reportagem Local
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