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Estádio do Náutico é interditado após briga
DA SUCURSAL DO RIO
O presidente do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), Rubens Approbato,
interditou ontem o estádio dos
Aflitos, em Recife. Atendeu a
pedido do procurador-geral do
tribunal, Paulo Schmitt. E revoltou cartolas do Náutico.
No domingo, o estádio do
Náutico foi sede de uma série
de cenas de violência. Policiais
militares agrediram jogadores
e dirigentes do Botafogo durante a partida contra o time local.
Além da denúncia do procurador, que relatou suposta fragilidade do estádio, Approbato
alegou que se baseou na súmula
do árbitro Wilson Seneme, que
criticou o estado do campo do
estádio. No documento, Seneme classificou o gramado como
"muito ruim".
A confusão nos Aflitos teve
início logo após a expulsão do
zagueiro André Luis, do Botafogo. Os policiais pernambucanos tentaram tirá-lo com truculência pois ele se sentara no
banco de reservas depois de ter
feito gestos ofensivos aos torcedores do Náutico.
Depois, quase todos os jogadores do Botafogo trocaram
empurrões com os militares.
No final, André Luis e o presidente do clube carioca, Bebeto
de Freitas, foram detidos.
O julgamento do caso na primeira instância da Justiça desportiva ocorrerá na quarta-feira. O próximo jogo marcado é
no dia 14, contra o Vasco.
Schmitt pediu também o
afastamento do zagueiro do
Botafogo, mas não conseguiu.
André Luis pode ser suspenso
por até 23 jogos quando for julgado pelo tribunal. Já o Náutico
corre o risco de perder o mando
de campo por até dez partida.
A interdição do estádio dos
Aflitos deixou revoltados os dirigentes do Náutico. De acordo
com eles, o clube não cometeu
infração e vai se defender no
julgamento do caso, na próxima quarta-feira.
"O clube não deu nenhuma
razão para a interdição e vai
provar", disse o presidente do
Conselho Deliberativo do Náutico, Sérgio Aquino, que apresentará vídeos e documentos.
Ele afirmou que clube não
tem ingerência sobre a polícia e
culpou André Luis, "transtornado", por iniciar a confusão.
Colaborou FÁBIO GUIBU, da Agência Folha, em Recife
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