São Paulo, sábado, 06 de junho de 2009

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Morumbi se escora no governo e só faz ajustes

DA REPORTAGEM LOCAL

Bombardeado por críticas da Fifa ao projeto do Morumbi para Copa-2014, o São Paulo buscou apoio do governo federal para seu estádio. Com dois ministros ao seu lado, a diretoria do clube rebateu ataques e atirou contra outros Estados, mas admitiu pequenos ajustes.
Convidado pelos são-paulinos, os ministros Orlando Silva Jr. (Esporte) e Luiz Barreto (Turismo) foram ver a proposta para o estádio. "Quero parabenizar o mestre Ruy Ohtake pelo projeto, que é bem concebido, inclusive para receber o jogo de abertura", afirmou Silva Jr., que viu abertura da diretoria do clube para "ajustes" para atender às exigências da Fifa.
Assim, o ministro contrariou posição da entidade, que vê problemas estruturais na ideia são-paulina para o projeto. Dirigentes da Fifa detectaram falhas na área de imprensa e cogitam reduzir a capacidade do estádio para menos de 50 mil.
Essas mudanças radicais no projeto são rechaçadas pelo presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio. "É um processo dinâmico. Mas a edificação atende a 84% do que pede a Fifa. Verificamos as críticas, que não procedem", disse ele.
Entre os ajustes admitidos estão a transferência do setor de imprensa do primeiro andar para o segundo. Além disso, o clube trocará divisórias por vidros transparentes para acabar com pontos cegos.
Mas os são-paulinos deixaram claro não ter gostado das críticas do secretário-geral da Fifa, Jerôme Valcke, ao Morumbi. "É fundamental que a Fifa faça observações de forma oficial por escrito. Soubemos pela imprensa. Respondemos às questões e indicamos os desenhos que as respondiam", explicou o arquiteto do projeto do Morumbi, Ruy Ohtake.
Outra estratégia são-paulina foi desqualificar alguns dos demais projetos de estádios. A tese da diretoria do clube da zona sul é que, hoje, o Morumbi é a melhor das arenas do Mundial.
"Natal não escolheu terreno. O que vai ser feito do Maracanã? O que vai ser do Mineirão?", atacou Juvenal.
O presidente são-paulino, porém, admitiu que, para sediar a abertura da Copa, é preciso fazer mais do que o projeto básico de um estádio. "Temos a consciência disso. E estamos batalhando nesse sentido."
O projeto inicial de reforma do Morumbi é de R$ 136 milhões. Só que não inclui a cobertura da arquibancada do estádio nem outros incrementos necessários a uma arena de abertura do Mundial.


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