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Morumbi se escora no governo e só faz ajustes
DA REPORTAGEM LOCAL
Bombardeado por críticas da
Fifa ao projeto do Morumbi para Copa-2014, o São Paulo buscou apoio do governo federal
para seu estádio. Com dois ministros ao seu lado, a diretoria
do clube rebateu ataques e atirou contra outros Estados, mas
admitiu pequenos ajustes.
Convidado pelos são-paulinos, os ministros Orlando Silva
Jr. (Esporte) e Luiz Barreto
(Turismo) foram ver a proposta
para o estádio. "Quero parabenizar o mestre Ruy Ohtake pelo
projeto, que é bem concebido,
inclusive para receber o jogo de
abertura", afirmou Silva Jr.,
que viu abertura da diretoria do
clube para "ajustes" para atender às exigências da Fifa.
Assim, o ministro contrariou
posição da entidade, que vê
problemas estruturais na ideia
são-paulina para o projeto. Dirigentes da Fifa detectaram falhas na área de imprensa e cogitam reduzir a capacidade do estádio para menos de 50 mil.
Essas mudanças radicais no
projeto são rechaçadas pelo
presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio. "É um processo
dinâmico. Mas a edificação
atende a 84% do que pede a Fifa. Verificamos as críticas, que
não procedem", disse ele.
Entre os ajustes admitidos
estão a transferência do setor
de imprensa do primeiro andar
para o segundo. Além disso, o
clube trocará divisórias por vidros transparentes para acabar
com pontos cegos.
Mas os são-paulinos deixaram claro não ter gostado das
críticas do secretário-geral da
Fifa, Jerôme Valcke, ao Morumbi. "É fundamental que a
Fifa faça observações de forma
oficial por escrito. Soubemos
pela imprensa. Respondemos
às questões e indicamos os desenhos que as respondiam", explicou o arquiteto do projeto do
Morumbi, Ruy Ohtake.
Outra estratégia são-paulina
foi desqualificar alguns dos demais projetos de estádios. A tese da diretoria do clube da zona
sul é que, hoje, o Morumbi é a
melhor das arenas do Mundial.
"Natal não escolheu terreno.
O que vai ser feito do Maracanã? O que vai ser do Mineirão?", atacou Juvenal.
O presidente são-paulino,
porém, admitiu que, para sediar a abertura da Copa, é preciso fazer mais do que o projeto
básico de um estádio. "Temos a
consciência disso. E estamos
batalhando nesse sentido."
O projeto inicial de reforma
do Morumbi é de R$ 136 milhões. Só que não inclui a cobertura da arquibancada do estádio nem outros incrementos
necessários a uma arena de
abertura do Mundial.
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