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Entidade coloca fim na parceria com a Traffic
DA REPORTAGEM LOCAL
A Traffic, agência brasileira de
marketing esportivo, não é mais
parceira da Fifa. A decisão, tomada ainda na terça-feira, foi anunciada ontem, na Argentina, pela
máxima entidade do futebol.
A aliança entre a Fifa e a Traffic
começou em 1999 e teve seu auge
em 2000, quando foi realizada a
primeira edição do Mundial de
Clubes, no Brasil. O adiamento da
segunda edição do torneio, que
aconteceria neste ano na Espanha, estremeceu a relação.
""Foi de comum acordo. Definimos na terça-feira o fim do acordo. Nossa empresa não quer parceria com quem não é firme", disse ontem José Hawilla, o principal
executivo da Traffic, à Folha.
O empresário brasileiro, que
apontou a crise no mercado após
a falência da ISL como a principal
razão para o adiamento do Mundial de Clubes, disse que dirigentes europeus não apoiavam a parceria da Fifa com uma agência de
marketing sul-americana.
""O Blatter [Joseph, presidente
da Fifa" é uma pessoa maravilhosa, honesta, mas alguns dirigentes
europeus, especialmente os ingleses, trabalham contra a gente. Eles
não são humildes, nos vêem de
forma diferente porque somos
sul-americanos", disse Hawilla.
A Fifa Marketing AG, agência
criada recentemente pela entidade que rege o futebol, negociará
agora os direitos do Mundial de
Clubes, que continuará sendo disputado -os clubes que jogariam
neste ano serão indenizados.
No site da Fifa, ainda aparecia
até ontem à noite o logotipo da
Traffic. A agência de Hawilla ainda mantém parceria com a Sul-Americana, com a Confederação
Brasileira de Futebol (CBF) e representa empresas ligadas à Fifa,
como Coca-Cola e MasterCard.
""A porta na Fifa não está fechada. Podemos, por exemplo, negociar depois para a América do Sul
os direitos do Mundial de Clubes,
que, em 2020, será mais importante que a Copa", disse Hawilla.
Com a falência da ISL e o fim do
acordo com a Traffic, os únicos
parceiros comerciais da Fifa são
os grupos Kirch e Prisma e a Sporis Holding AG.
(RODRIGO BUENO)
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