São Paulo, sexta-feira, 06 de julho de 2001

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

VÔLEI

Sem quatro medalhistas olímpicas, time enfrenta o Peru hoje, em Santa Fé

Desfalcada, seleção busca vaga no Mundial de 2002

MARIANA LAJOLO
DA REPORTAGEM LOCAL

O técnico Marco Aurélio Motta, 41, inicia hoje seu primeiro torneio à frente da seleção feminina com um time desfalcado em relação ao que conquistou o bronze em Sydney, no ano passado.
Apenas três atletas que foram titulares na Olimpíada entrarão em quadra hoje, às 19h, contra o Peru: Janina, Érika e a líbero Ricarda.
O Brasil disputa, em Santa Fé (ARG), o torneio classificatório para o Mundial de 2002, na Alemanha. Argentina e Venezuela também disputam as três vagas para equipes sul-americanas.
A renovação do time brasileiro aconteceu mais por necessidade do que por opção do treinador.
Poupadas por causa do desgaste com a Superliga, a ponta Virna e a levantadora Fofão não viajaram para a Argentina. A meio Walewska está com o grupo, mas ainda não tem condições ideais para jogar. Outro desfalque é Leila, que foi para o vôlei de praia.
A equipe brasileira terá, além das remanescentes de Sydney, Fabiana Berto, Elisângela, Kely e Fernanda Doval.
Motta já teve oportunidade para testar o desempenho do novo grupo. Em uma série de quatro amistosos contra a Argentina, o Brasil perdeu duas partidas.
Um saldo negativo, principalmente porque foram as primeiras derrotas da seleção para as rivais sul-americanas na história.
"Claro que ninguém quer perder, mas essa pode ser a chance de dar uma virada na equipe. Conversamos muito sobre a instabilidade do time, e as jogadoras já treinaram melhor na última semana. Nosso objetivo é chegar ao auge no segundo semestre", disse o técnico brasileiro.
Para ele, um dos maiores problemas da seleção foi a falta de entrosamento entre as levantadoras e as atacantes, que não jogaram nas mesmas equipes na Superliga.
Fabiana Berto (Blue Life/Pinheiros) só havia atuado ao lado da reserva Patrícia Cocco. Marcelle (BCN/Osasco) jogou apenas com Janina e Fofinha.
"As jogadoras tiveram mais insegurança do que era esperado. A relação entre as levantadoras e as atacantes ainda precisa amadurecer mais", disse Motta.
Apesar da instabilidade do início de trabalho, o treinador não demonstra muita preocupação com a classificação para o Mundial. Para ele, a Argentina será o maior adversário do Brasil.
"As argentinas subiram um pouco de nível e têm a Carolina Costagrande, que joga na Itália. No próximo quadriênio, o time deve ser nosso maior antagonista na América do Sul", disse.
Sobre o Peru, adversário da estréia, Motta tem poucas informações. "Segundo o técnico da Argentina [Claudio Cuello", a expectativa é que venham com o time diferente da Olimpíada."
Em Sydney, o Peru não venceu nenhum set e foi eliminado na primeira fase.



Texto Anterior: Futebol - José Roberto Torero: Das batatas
Próximo Texto: Motta rejeita comparações com Bernardinho
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.