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salto de qualidade
Jade brilha, e Brasil se supera no Mundial
Time fica em 5º, o melhor resultado do país; novata tem a maior soma do dia
Decisão de ontem registra surpresas e vê até uma atleta russa tirar nota zero; confederação já fala em bronze na Olimpíada-08
CRISTIANO CIPRIANO POMBO
DA REPORTAGEM LOCAL
A seleção feminina de ginástica artística surpreendeu e
conquistou ontem, na final por
equipes do Mundial de Stuttgart, um resultado histórico.
Depois de ter faturado pela
segunda vez vaga na Olimpíada,
a equipe alcançou a quinta colocação na decisão e mais uma
vez viu Jade Barbosa brilhar
diante dos europeus.
"Foi fantástico. O quinto lugar era o máximo que a gente
acreditava ser possível. E conseguimos, o que comprova nossa evolução", afirmou Eliane
Martins, supervisora de seleções da CBG (Confederação
Brasileira de Ginástica).
Desde 1995, o Brasil subiu de
21º lugar no Mundial para a
quinta posição de agora, conquistada no maior campeonato
de todos os tempos da ginástica
artística, que reúne 551 competidores de 84 países.
"A gente brinca que o pódio
agora passa a ser questão de
tempo e que, se continuar assim, vamos ficar em terceiro na
Olimpíada de Pequim", comemorou a dirigente da CBG.
E o resultado de ontem poderia ter sido ainda melhor. Se
não fossem as duas quedas,
uma de Daniele Hypólito na
trave e outra de Khiuani Dias
nas paralelas assimétricas, que
custaram pelo menos 1,6 ponto,
o Brasil ficaria em quarto.
Com 175,125 pontos, as ginastas brasileiras ficaram a
0,325 das italianas e a 2,975 das
romenas, que terminaram em
terceiro. O título ficou com os
Estados Unidos (184,400), seguidos da China (183,450).
Como o técnico Oleg Ostapenko antecipara à Folha, o fato de as atletas competirem
sem aquecimento na final poderia provocar surpresas. E
não foram poucas.
A principal delas tirou a Rússia do pódio e a relegou à oitava
posição, já que uma das atletas
tirou zero -Ekaterina Kramarenko errou a corrida e, em vez
de abortar o salto (é permitido
fazer duas corridas), acabou tocando o trampolim e a mesa de
salto, sem executar as acrobacias a que havia se proposto.
Outra foi a chinesa Fei
Cheng, principal rival de Jade
na final de salto neste sábado,
ter caído na aterrissagem.
E a terceira, apesar de prevista por Ostapenko: Jade foi o
principal nome da final, mas,
desta vez, não só para o Brasil.
A carioca foi a ginasta que mais
somou nota (61,225) entre as
45 competidoras que atuaram
ontem, o que ajudou a seleção a
melhorar seu escore em relação a 2006 (172,975), quando
fora sétimo no Mundial, então
o melhor resultado.
"A gente competiu bem, graças a Deus", resumiu Jade, que
voltará a atuar nas finais de
amanhã (individual geral), sábado (salto) e domingo (trave),
com chances de medalha.
"Mesmo sabendo que ela terá mais três dias de competição, decidimos não poupá-la,
para que ganhe o máximo de
experiência", explicou Eliane.
A comissão técnica festejou
ter alcançado o resultado com
três estreantes em Mundiais
(Jade, Khiuani e Ana Cláudia
Silva) e duas atletas que se recuperam de lesão (Daiane dos
Santos e Laís Souza). "Estão de
parabéns", falou Ostapenko.
Com 13,925 no solo, Daiane,
ex-campeã mundial na prova,
foi a 44ª entre 45 atletas.
Hoje, o país só assiste ao
evento, que definirá a equipe
campeã no masculino -o Brasil acabou em 17º lugar.
NA TV - Mundial de ginástica Band, ao vivo, às 11h
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