São Paulo, domingo, 06 de setembro de 2009

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No sufoco, Palmeiras amplia sua vantagem

Gols de cabeça e de pênalti que não existiu determinam 8ª vitória em casa

Palmeiras 2
Barueri 1

RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL

O Palmeiras só entrou em campo, de fato, no segundo tempo do jogo de ontem à noite com o Barueri, no Parque Antarctica. Suficiente para fazer 2 a 1 e se garantir no topo do Nacional -foi o oitavo triunfo em casa da equipe no torneio.
Com direito a gol de pênalti marcado por Vagner Love, que voltou ao clube após cinco anos atuando na Rússia, os donos da casa chegaram aos 44 pontos, quatro à frente do Internacional, que pega hoje o Avaí.
Os três pontos foram ainda mais comemorados pelos donos da casa depois de uma partida que mudou completamente após o intervalo.
"Agora é torcer pelo tropeço de quem vem atrás", afirmou o meia Cleiton Xavier.
Discurso bem diferente do que os palmeirenses utilizaram passados os primeiros 45 minutos de jogo e de sustos.
Aliás, quando o lateral-direito reclama da falta de cobertura, o volante afirma que está tudo errado e o goleiro crava que o adversário merecia ter deixado o primeiro tempo em vantagem, fica evidente que o time em questão passa por apuros.
As declarações que Wendel, Edmilson (que poderia ter sido expulso ainda na etapa inicial por jogo brusco) e Marcos deram no intervalo só reforçaram o que os mais de 23 mil pagantes viram de Palmeiras e de Barueri no primeiro tempo.
Enquanto o líder do Brasileiro mal conseguia ultrapassar o meio-campo em sua própria casa, o oponente parecia estar atuando em sua arena (e contra um rival fraco, ainda por cima).
Duas coisas explicam por que o Barueri merecia ter descido para os vestiários do Parque Antarctica em vantagem.
Primeiro, é bom ressaltar os méritos do conjunto dirigido por Diego Cerri para não parecer que só o Palmeiras escalou 11 atletas para jogar.
Com atuações inspiradas, o lateral Bruno Ribeiro e o meia Ewerton utilizavam velocidade com bom toque de bola.
Aí, entra a "ajuda" de um sistema defensivo caótico, que que tinha os desfalques do zagueiro Maurício Ramos e do volante Pierre, machucados, e do lateral-esquerdo Armero, que defendeu a seleção colombiana pelas eliminatórias.
No lado direito, Wendel atacava, mas não voltava. Uma avenida foi construída ali pelo lateral Bruno Ribeiro. O zagueiro Maurício, que substituiu o xará lesionado, não contribuiu com cobertura eficiente.
Resumo da ópera: o Barueri criou inúmeras jogadas por ali, sempre em tabelas precisas que deixavam Bruno no mano a mano com o último homem.
A história da partida mudou rapidamente na etapa final. Uma porque o gol de Diego Souza, aos 5min, minou um pouco a confiança do Barueri, que acusou o golpe.
Outra porque o árbitro Cleber Wellington Abade inventou pênalti a favor dos anfitriões aos 28min, quando Obina se atirou dentro da grande área. Na cobrança, Vagner Love aumentou a vantagem.
Aos 42min, o zagueiro Leandro Castan diminuiu para o Barueri, mas já era tarde. Mesmo pressionado, o líder do torneio conseguiu garantir o triunfo.


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