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No sufoco, Palmeiras amplia sua vantagem
Gols de cabeça e de pênalti que não
existiu determinam 8ª vitória em casa
Palmeiras 2
Barueri 1
RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL
O Palmeiras só entrou em
campo, de fato, no segundo
tempo do jogo de ontem à noite
com o Barueri, no Parque Antarctica. Suficiente para fazer 2
a 1 e se garantir no topo do Nacional -foi o oitavo triunfo em
casa da equipe no torneio.
Com direito a gol de pênalti
marcado por Vagner Love, que
voltou ao clube após cinco anos
atuando na Rússia, os donos da
casa chegaram aos 44 pontos,
quatro à frente do Internacional, que pega hoje o Avaí.
Os três pontos foram ainda
mais comemorados pelos donos da casa depois de uma partida que mudou completamente após o intervalo.
"Agora é torcer pelo tropeço
de quem vem atrás", afirmou o
meia Cleiton Xavier.
Discurso bem diferente do
que os palmeirenses utilizaram
passados os primeiros 45 minutos de jogo e de sustos.
Aliás, quando o lateral-direito reclama da falta de cobertura, o volante afirma que está tudo errado e o goleiro crava que
o adversário merecia ter deixado o primeiro tempo em vantagem, fica evidente que o time
em questão passa por apuros.
As declarações que Wendel,
Edmilson (que poderia ter sido
expulso ainda na etapa inicial
por jogo brusco) e Marcos deram no intervalo só reforçaram
o que os mais de 23 mil pagantes viram de Palmeiras e de Barueri no primeiro tempo.
Enquanto o líder do Brasileiro mal conseguia ultrapassar o
meio-campo em sua própria
casa, o oponente parecia estar
atuando em sua arena (e contra
um rival fraco, ainda por cima).
Duas coisas explicam por que
o Barueri merecia ter descido
para os vestiários do Parque
Antarctica em vantagem.
Primeiro, é bom ressaltar os
méritos do conjunto dirigido
por Diego Cerri para não parecer que só o Palmeiras escalou
11 atletas para jogar.
Com atuações inspiradas, o
lateral Bruno Ribeiro e o meia
Ewerton utilizavam velocidade
com bom toque de bola.
Aí, entra a "ajuda" de um sistema defensivo caótico, que
que tinha os desfalques do zagueiro Maurício Ramos e do
volante Pierre, machucados, e
do lateral-esquerdo Armero,
que defendeu a seleção colombiana pelas eliminatórias.
No lado direito, Wendel atacava, mas não voltava. Uma
avenida foi construída ali pelo
lateral Bruno Ribeiro. O zagueiro Maurício, que substituiu
o xará lesionado, não contribuiu com cobertura eficiente.
Resumo da ópera: o Barueri
criou inúmeras jogadas por ali,
sempre em tabelas precisas que
deixavam Bruno no mano a
mano com o último homem.
A história da partida mudou
rapidamente na etapa final.
Uma porque o gol de Diego
Souza, aos 5min, minou um
pouco a confiança do Barueri,
que acusou o golpe.
Outra porque o árbitro Cleber Wellington Abade inventou
pênalti a favor dos anfitriões
aos 28min, quando Obina se
atirou dentro da grande área.
Na cobrança, Vagner Love aumentou a vantagem.
Aos 42min, o zagueiro Leandro Castan diminuiu para o Barueri, mas já era tarde. Mesmo
pressionado, o líder do torneio
conseguiu garantir o triunfo.
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