São Paulo, domingo, 06 de outubro de 2002

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MEMÓRIA

Rival Racing também teve ajuda externa

DA REPORTAGEM LOCAL

No ano passado, o maior rival do Independiente, o Racing, também de Avellaneda, na Grande Buenos Aires, encerrou um jejum de 35 anos sem o título nacional ao conquistar o Apertura.
Da mesma forma como o Independiente, o Racing necessitou de auxílio externo para conseguir se reerguer.
No fim de 2000, uma empresa local, a Blanquiceleste S.A., assumiu as dívidas do clube em troca do controle total sobre o departamento de futebol e dos direitos de imagem por dez anos.
O acordo tirou o Racing do fundo do poço. No fim dos anos 90, as dívidas chegavam a US$ 60 milhões, e o clube esteve ameaçado de encerrar as atividades. Foi necessária uma decisão do então presidente da Argentina, Carlos Menem, de tombá-lo como patrimônio público nacional para evitar a falência e o fechamento.
Com um gerenciamento profissional, a Blanquiceleste S.A. iniciou o pagamento da dívida, bancou a contratação de alguns atletas, e o Racing pôde chegar ao sétimo título nacional, o primeiro desde 1966. O clube é o quinto maior vencedor da era profissional na Argentina -o Independiente é o terceiro, com 13 taças.
Em julho, justamente os dois clubes de Avellaneda estavam entre os seis únicos da primeira divisão com o pagamento dos salários dos atletas em dia. Devido ao atraso das outras 14 equipes, os jogadores do país ameaçaram entrar em greve e quase adiaram o Apertura.



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