DA REPORTAGEM LOCAL

A antecipação em uma hora da realização do GP Brasil de F-1, no próximo dia 24, fere um dos artigos do Estatuto do Torcedor.
A mudança das 15h para as 14h foi confirmada ontem. O motivo é o adiamento do início do horário de verão no Brasil. O GP estava programado para acontecer durante o novo horário, que entraria em vigor no meio deste mês.
Mas o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Sepúlveda Pertence, pediu ao governo que retardasse o início do horário de verão para evitar problemas técnicos com as urnas eletrônicas, programadas com um horário-padrão e que não podem ser usadas depois.
De acordo com o estatuto, criado para determinar direitos e deveres de quem assiste a eventos esportivos, os horários devem ser divulgados pela organização até 60 dias antes do seu início.
"Se levarmos em conta o texto do estatuto, o torcedor tem todo o direito de reclamar", declarou Marcílio Krieger, advogado especialista em direito esportivo.
"Ele tem não só o direito de pedir o dinheiro do ingresso de volta como o de pedir uma indenização, caso comprove que a mudança no horário irá lhe trazer um prejuízo grande", completou.
"Um evento transmitido para mais de 130 países não pode mudar de horário a menos de 3 semanas por motivos técnicos. Com a decisão do governo, tornou-se necessário fazer a mudança", disse Tamas Rohonyi, organizador do GP, que afirmou também que tentará atender aos pedidos de quem já comprou ingressos.
Outro motivo para a alteração é atender ao público europeu, que recebe a prova no horário nobre.


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