São Paulo, sábado, 06 de outubro de 2007

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Abismo majestoso separa rivais

Diferença de 29 pontos entre o líder São Paulo e o Corinthians é a maior na era dos pontos corridos

No clássico de amanhã, time alvinegro tentará derrotar o rival tricolor pela primeira vez em quatro anos, a fim de deixar zona do rebaixamento

EDUARDO ARRUDA
DA REPORTAGEM LOCAL

Um é primeiro; o outro, 18º. O primeiro não perde para o segundo há mais de quatro anos. Um tem 63 pontos; o outro, 34, só pouco mais que a metade.
O São Paulo, que está invicto há 13 jogos contra o Corinthians, leva a campo para o Morumbi, amanhã, no clássico chamado de "Majestoso", a maior diferença já vista entre os dois na era dos pontos corridos ou do tabu entre eles, ambos começados em 2003.
Os 29 pontos de diferença (chegou a ser de 30 na rodada passada) na tabela mostram que o abismo que os separa jamais foi tão grande.
O roteiro deste ano se mostra parecido com o de 2006. Enquanto os são-paulinos caminham a passos largos e firmes para o título, os corintianos, a duras penas, tentam se livrar da zona de rebaixamento.
No ano passado, a equipe tricolor venceu seu quarto Brasileiro e deixou o adversário 25 pontos atrás, na nona posição.
Na era dos pontos corridos, por sinal, o Corinthians só conseguiu ficar na frente do rival, nas quatro edições disputadas até agora, em 2005, quando o time comandado por Tevez terminou o Nacional com 23 pontos de vantagem sobre a equipe do Morumbi. Mesmo assim, não conseguiu vencer o rival.
Perdeu duas vezes, mas um jogo foi anulado por ter sido apitado por Edilson Pereira de Carvalho, árbitro envolvido em esquema de manipulação de resultados. Na partida refeita, 1 a 1. No final, o Corinthians foi campeão, e o São Paulo, que priorizava a disputa do Mundial de Clubes, só o 11º.
No primeiro ano de disputa com pontos corridos, o São Paulo teve desempenho bem melhor que o do time alvinegro. O Brasileiro de 2003 acabou com os tricolores em terceiro, com 21 pontos a mais que os corintianos, 15º colocados.
O Nacional seguinte foi o mais equilibrado entre os dois clubes, mas de novo deu São Paulo: terminou em terceiro, oito pontos à frente do rival, que ficou na quinta posição.
O abismo, diz o técnico são-paulino Muricy Ramalho, não o ilude. "Clássico é clássico. Na hora, essa diferença não existe. Como treinador e como jogador, já vi o pior vencer", afirma ele, que, no retrospecto pessoal contra os corintianos, soma quatro vitórias, quatro derrotas e cinco empates.
"A única diferença é o número de pontos. Temos as mesmas chances de vencer", frisou o volante Vampeta, que disse não se lembrar de cair ante os são-paulinos -perdeu em 2002.
Os demais jogadores apontam o rival como favorito.
"Eles têm a vantagem, mas seria muito bom vencer porque há muito tempo não ganhamos deles. Precisamos do resultado o mais rápido possível e sabemos da dificuldade do jogo, mas esperamos conseguir", disse o atacante Finazzi, que não marca um gol há mais de um mês.
"Eles são favoritos", disse o goleiro Felipe. "Mas acho que a nossa sorte começou a mudar na partida contra o Fluminense. Quem sabe não continue contra o São Paulo?", concluiu.


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