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Inglês surgiu na política e agora ajudará Qatar
DA REPORTAGEM LOCAL
O marqueteiro inglês Mike
Lee conhece bem os bastidores políticos do esporte.
Após ter servido ao Partido
Trabalhista, Lee trabalhou
pela primeira vez em uma
instituição esportiva ao chefiar o departamento de comunicações da Premier League (Campeonato Inglês).
Em 2000, tornou-se chefe
de comunicação da Uefa.
Três anos depois, foi convidado a fazer parte da campanha de marketing de Londres-2012. Lee montou um
projeto que, na reta final,
mostrou-se vencedor.
Apesar de Londres, na primeira avaliação técnica do
Comitê Olímpico Internacional (COI), ter obtido notas piores do que alguns rivais (Madri e Paris), Lee conseguiu reverter a situação.
Após a vitória apertada de
Londres, Lee escreveu o livro
"A Corrida para a Olimpíada
de 2012", no qual detalha os
bastidores da campanha.
Na obra, ele relata como a
atuação do então primeiro-
-ministro britânico Tony
Blair em Cingapura foi essencial. Estratégia similar foi
adotada com Lula.
De acordo com o livro, o
marqueteiro e sua equipe fizeram um dossiê no qual
montaram um perfil dos
eleitores do COI que incluía
até seus esportes favoritos.
O currículo olímpico de
Lee, contudo, não contém
somente vitórias. Ele liderou
a campanha de Doha à Olimpíada de 2016. A capital do
Qatar, embora mais bem
avaliada tecnicamente do
que o Rio na primeira fase,
acabou excluída por ter proposto os Jogos fora da época
sugerida pelo COI.
Após o triunfo carioca, Lee
ainda permanece em Copenhague para fazer lobby pelo
rúgbi. A modalidade trabalha
para voltar aos Jogos, dos
quais está fora desde 1924. A
definição sai nesta sexta.
Depois desse compromisso, o marqueteiro tenta ajudar o Qatar a obter a sede da
Copa do Mundo de 2022.
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